sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Feliz Natal!!

Que este Natal seja o mais Feliz possível para a maioria da Humanidade, pois o ano que agora termina não tem sido frutuoso em trazer boas notícias aos 4 cantos do Mundo.

O Natal desperta na maioria os bons sentimentos, como a alegria, amor pelo próximo, solidariedade, fraternidade e mitiga por momentos os rancores, zangas, invejas, injustiças de que este Mundo também é feito.

Para quem ler esta mensagem, desejo-lhe muita Paz, Amor, Felicidade e que a possa sempre partilhar com todos os que os rodeiam. Assim dará o melhor contributo que qualquer habitante da Suburbia pode dar: uma vida menos dificil num ambiente por vezes tão hostil!!

sexta-feira, 30 de julho de 2010

Doenças da Suburbia

A doença mais comum na Suburbia é a depressão, nas suas mais variadas formas. Alguém consegue explicar porque a alguém deprimido todo e qualquer comentário incomoda? Como se sentissem que todos tem algo contra essa pessoa. Obviamente que não será assim, mas todas as criticas incomodam, e normalmente não suportam o escrutínio dos colegas, da família, até mesmo de estranhos.
Se há um sentimento de se estar encurralado, deve ser este. Não confia em ninguém, não quer ouvir ninguém, mas quer falar com toda a gente. Qualquer comentário parece desproporcionalmente agressivo.

Em muitos casos, se tivessem uma situação financeira um pouco melhor, ou não tivessem família a cargo, esta seria a oportunidade para mandar tudo para as urtigas. Não sendo assim, este sentimento transforma-se numa depressão e deve ser encarada como um caso clínico que nem sempre tem fim à vista.

Nestes casos afastam-se os amigos que ainda existem; muitas vezes a família passa a ser uma entidade estranha em que o deprimido se sente à parte, como se numa realidade paralela; os colegas irritam com o seu persistente optimismo ou pessimismo ou até mesmo futilidade.
A única vontade que sobra é dormir, alhear-se de tudo o que o rodeia, pois tudo o que o rodeia é podre, mau, irritante, angustiante, caótico. 

Certamente que se tivessem a certeza que isso resolvia alguma coisa, muitos mudavam-se para outro universo, paralelo, perpendicular, circular, atómico, qualquer coisa que os fizesse sentir melhor sobre a realidade que os rodeia.

A esperança de todos eles é que um dia isto será ultrapassado, nem que seja porque a morte é o fim de tudo (apesar do que os vendedores da vida após a morte tentam impingir). Mas isso será obviamente muito radical, e todos esperam que este sentimento seja meramente passageiro e que em breve voltem a ser apenas mais um suburbano ligeiramente depressivo.

Num momento de potencial alegria, como é o Verão, cheio de calor, praia, gajas descascadas a apelar às hormonas, a inutilidade toma conta do seu mundo, e a vontade de explodir é mil vezes maior que tudo o resto que pulula num cérebro cada vez mais anafado, acomodado e pobre. A riqueza intelectual poderia não ser muita, mas quando se entra neste mundo torna-se numa pobreza confrangedora.

Seja como for, dizem que isto são sinais claros de depressão. Serão? Ou pura e simplesmente de degradação perante uma realidade cada dia mais desmotivante e caótica? Cada um sabe de si! Porém, um aviso a navegação: se alguma vez estiverem para baixo, não subestimem esse sentimento nem o deixem tomar conta de vocês, pois mais tarde poderá ser muito mais difícil se livrar dele e pode tornar a sua vida num inferno à face da Terra.

Aos que já lá estão, o meu pesar e compreensão. Aos restantes, vivam a vida como se fosse o bem mais valioso que tem e alegrem-se por tudo o que vos acontece. Lembrem-se que há quem não tenha a mais pequena alegria de viver e apenas ocupa espaço e consome oxigénio. É este o conceito do morto-vivo que cresce dia a dia na nossa sociedade!

E como diria um certo senhor : "Façam favor de ser felizes!"

terça-feira, 27 de julho de 2010

A Vida será sempre uma caixa de surpresas!

Tomei conhecimento deste caso, como quase sempre, através de mais uma chain letter de um amigo.

No entanto, este é um caso, como haverão tantos outros, em que a história de uma doença terminal se torna numa história de coragem e que deve ser exemplo para tantos outros que apenas vêm os seus pequenos grandes problemas. Tomar conhecimento destes casos faz-nos relativizar os nossos próprios problemas e assim aprender a viver melhor, com menos ansiedade perante a vida.

Infelizmente este é um blog de alguém que já não está entre nós, mas é uma leitura sempre interessante e que deve fazer reflectir cada um de nós.

IPPON for LIFE - Tiago Alves

Perca um pouco de tempo, porque para variar, acho que vale a pena!

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Chatos e rabujentos

Será fruto da proximidade das férias, ou de repente toda a gente que me rodeia desatou a reclamar por tudo e por nada? Tou farto de ouvir toda a gente queixar-se (inclusive eu) sobre tudo e sobre nada.

Tudo é motivo para reclamarem, seja porque a vida corre mal, o tempo está quente ou frio, o ar condicionado está muito frio para uns e muito quente para outros, o trabalho aperta muito mas logo a seguir passam horas sem fazer nada, apenas na conversa, no MSN/Facebook/Twitter e afins. A comida engorda, mas um chocolatinho é que era bom.


Muitas vezes dou por mim farto dos outros. Será mera recaída da depressão ou realmente os tugas estão a tornar-se num bando de chatos? Tudo serve de desculpa para reclamar, seja a crise, o futebol, o filho do CR7 ou a barriga de aluguer, o seleccionador, a fotonovela mexicana do vende-não-vende da Vivo à Telefonica, do Xocrates e da sua pandilha desorganizada, da crise financeira, da gripe fora de época, do trabalho idiota ou em constante urgência. Eu sei que estamos na silly-season, mas realmente este ano está ainda mais chata que o costume!

Por amor de Deus, vão de férias, divirtam-se e voltem com algumas boas novidades para variar, que as actuais são cada uma mais deprimente que a outra! Façam o favor de ser felizes, que eu também agradeço.

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Teoria do Caos

Com as férias aí, estamos todos a pensar na praia, no descanso, na boa vida. Mas insistem em matraquear-nos com más noticias, como se repentinamente estivéssemos a entrar num período de puro caos.
O pessimismo crónico dos portugueses é reconhecido mundialmente, mas ultimamente temo-nos esmerado para nos tornarmos campeões mundiais do pessimismo. Para tal continua a surgir em catadupa noticias de corrupção, desaires vários, problemas económico-financeiros, desgraças várias e uma sede cada vez mais voraz por más noticias que simultaneamente alimentam o nosso pessimismo, mas também tornam os portugueses cada dia mais conformados com a sua (má) sorte.Como se fosse uma inevitabilidade que este País, esta sociedade não tem cura, está podre e nem daqui a 10 gerações vai mudar.
Pessoalmente considero que uma das razões de fundo da situação actual tem a ver com a qualidade da educação nos últimos 30 anos (e não estou a referir-me apenas ao ensino escolar, mas tudo o que tem a ver com a preparação dos jovens para a vida futura). Agora é essa geração (a chamada geração rasca) que está à frente ou que vai gradualmente tomando conta dos destinos do nosso País, quer ao nível politico, empresarial, social, etc.
O que se tem vindo a ver é uma degradação gradual de todos os valores que tornam a sociedade cada dia mais amorfa, suja, porca, corrupta, indiferente.E agora para juntar a tudo isto, uma sociedade que finalmente se apercebe que tem vivido nestes últimos 20 anos muito acima das suas posses, e que agora está prestes a levar um tratamento de choque.
Não sei até onde esta onda de pessimismo vai chegar, e como pode ser contrariada, mas suspeito que pode vir a trazer muitas mudanças de comportamentos, e sobretudo seria óptimo que servisse para tornar-nos melhores como sociedade, para apostarmos na qualidade, na melhoria do desempenho, na solidariedade, em valores humanísticos que cada dia estão mais ausentes de todo o nosso dia-a-dia.
Como País actualmente merecemos o buraco em que estamos metidos e continuamos diariamente a cavar, e o pior é que continuamos a criar descendência no mesmo clima laxista e vazio que tem sido norma nos últimos anos. Eu gostava de saber como contrariar, como fazer parte de uma vaga de fundo para melhorar a sociedade em que me integro, mas confesso que tal como a grande maioria, não vejo nenhuma saída a não ser algo brutalmente disruptivo.

Que o Verão traga algum animo e não apenas calor infernal e milhares na praia! Boa sorte, Portugal e que o Caos nos traga no final algo de bom!

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Bater em Criança

Um post interessante no blog da psicóloga Cláudia Morais, sobre um tema que até há poucos anos era encarado como "educação musculada" e agora é considerada violência parental.

Muito se tem dito e escrito sobre o impacto dos castigos físicos impostos às crianças. Como a fronteira entre uma palmada no rabo e a agressão física nem sempre parece clara, e porque demasiadas crianças são vítimas de abusos por parte dos próprios pais por esse mundo fora, o tema tem dado pano para mangas.


Bater continua a ser um dos castigos aplicados pelos pais para impor a disciplina. Um estudo recente permitiu um novo olhar sobre a relação entre estes castigos e a violência física. Estatisticamente é possível verificar que as mães que recorrem à palmada para castigar os filhos têm três vezes mais probabilidade de usar formas de punição mais severas. Estes abusos incluem espancamento, queimaduras, pontapés, bater com um objecto numa área do corpo que não sejam as nádegas ou sacudir uma criança com menos de dois anos de idade.


Quanto maior é a frequência dos castigos físicos, maior é a probabilidade de existirem abusos físicos; bater nas nádegas com um cinto, uma colher de pau ou outro objecto qualquer aumenta nove vezes esta probabilidade, em comparação com os casos de mães que não costumam bater nos filhos com um objecto.


Estas associações podem estar relacionadas com a ineficácia dos castigos quando os pais não encontram outros recursos para impor a disciplina – como o reforço positivo ou a colocação da criança a um canto durante um tempo, sem fazer nada.


Assim, importa recordar algumas regras sobre disciplina:


  • Os pais devem manter-se calmos aquando das birras/ episódios de mau comportamento e evitar gritar, para que a criança aprenda que o descontrolo emocional não deve prevalecer. Se as coisas piorarem, mais vale “fazer uma pausa” e voltar a falar com a criança com mais calma.
  • Deve evitar-se a crítica excessiva. É importante que a criança perceba que o que faz com que os pais fiquem descontentes é um determinado comportamento, sem que isso coloque em causa o amor que sentem.
  • Os pais não devem centrar-se apenas nos aspectos negativos. É importante reforçar positivamente os bons comportamentos. É melhor dizer “Fico contente quando arrumas os teus brinquedos” do que “Eu gostava que, pelo menos uma vez na vida, fosses capaz de arrumar os teus brinquedos”.
  • Deve evitar-se os castigos físicos. A Associação Americana de Psicologia tem divulgado estudos que demonstram que esta forma de punição não é mais eficaz do que outros castigos e pode contribuir para que a criança se torne mais agressiva.
  • Os pais devem recompensar e elogiar os bons comportamentos.
  • Os pais devem perceber a diferença entre uma recompensa e um “suborno”. Uma recompensa é dada quando a criança atinge um objectivo, enquanto um suborno é oferecido antes dessa concretização, para tentar motivar a criança a fazer aquilo que os adultos querem.
  • É importante que os pais sejam bons modelos de aprendizagem. Dificilmente se conseguirá que uma criança não seja agressiva se os progenitores adoptarem sistematicamente esta forma de comunicação.

Não sou apologista da violência gratuita seja contra uma criança ou qualquer outro ser humano. No entanto, todos devem desde pequenos saber que há limites, valores, comportamentos que são mais adequados que outros para uma vivência em sociedade. E no caso das crianças quem melhor que os seus próprios pais para mostrar de forma saudavel mas firme quais são os valores com que nos regemos? Se quando a criança se tornar adolescente ou adulto, conscientemente decidir não seguir as orientações dadas pelos pais e educadores, já terá uma bagagem de vida que lhe permitirá escolher em consciência.
Se não houver essa educação no sentido mais lato quando são crianças, correm o risco de não ficar preparados para viver em sociedade e terem comportamentos disfuncionais e acabarem por mais tarde se virarem contra os seus educadores, culpando-os da falta de bases para viver.

Eu sei que é mais fácil falar do que fazer, mas uma das máximas de viver em sociedade é
"A minha liberdade termina onde começa a dos outros"

quinta-feira, 13 de maio de 2010

A evolução do ensino em Portugal

É uma piada/critica que circula na Net, mas que espelha um pouco da realidade do ensino actual em Portugal, em particular o ensino da Matemática.


A evolução do ensino de Matemática!


Na semana passada comprei um produto que custou 1,58€. Dei à funcionária da caixa 2,00€ e 8 cêntimos, para evitar receber ainda mais moedas.
A rapariga pegou no dinheiro e ficou a olhar para a máquina registadora, aparentemente sem saber o que fazer.
Tentei explicar-lhe que tinha que me dar 50 cêntimos de troco, mas ela não se convenceu e chamou o gerente para a ajudar.
Ficou com lágrimas nos olhos enquanto o gerente tentava explicar-lhe aquilo que aparentemente continuava sem entender.
Por que estou a contar isto? Porque dei conta da evolução do ensino de matemática desde 1956, altura em que entrei para a escola primária. Parece-me que foi assim:


1. Ensino de matemática em 1956:
Um lenhador vende um carro de lenha por 100$00.
O custo de produção desse carro de lenha é igual a 4/5 do preço de venda .
Qual é o lucro?

2. Ensino de matemática em 1970:
Um lenhador vende um carro de lenha por 100$00.
O custo de produção desse carro de lenha é igual a 4/5 do preço de
venda ou seja, 80$00.
Qual é o lucro?
3. Ensino de matemática em 1980:

Um lenhador vende um carro de lenha por 100$00.
O custo de produção desse carro de lenha é 80$00.
Qual é o lucro?

4. Ensino de matemática em 1990:

Um lenhador vende um carro de lenha por 100$00.
O custo de produção desse carro de lenha é 80$00.
Escolha a resposta certa, que indica o lucro:
( )20$00 ( )40$00 ( )60$00 ( )80$00 ( )100$00

5. Ensino de matemática em 2000:

Um lenhador vende um carro de lenha por 100$00
O custo de produção desse carro de lenha é 80$00.
O lucro é de 20$00.
Está certo?
( )SIM ( ) NÃO

6. Ensino de matemática em 2009:

Um lenhador vende um carro de lenha por 100,00€.
O custo de produção é 80,00€.
Se você souber ler coloque um X no 20,00€.
( )20,00€ ( )40,00€ ( )60,00€ ( )80,00€ ( )100,00€

Quem anda no mundo do ensino em Portugal sabe que, apesar de caricaturado, este é o tipo de ensino que se está a privilegiar. Não quero isto para o futuro do meu filho!

Conselho chinês

Para quem tem as prioridades trocadas na vida, este pode ser um conselho interessante!!
O que é espantoso é como uma cultura milenar com um grau de sabedoria tão profundo, está reduzida a uma sociedade amorfa, sem principios e com uma cultura de qualidade medíocre.

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Semana Santa

Eu sei que já estamos fora de época, mas esta tem tudo para ser atípica para muitos portugueses, por diversas razões:
  1. O SL Benfica sagrou-se campeão nacional de futebol neste domingo (BENFICAAAAAAAAAAAA!!!!!), depois de uma época cheia de golos como já não se via há muitos anos. Tudo com ajuda de Jesus… Não do Senhor, mas do mestre treinador da trolhice futebolística, Jorge Jesus! Trouxe alegria aos 6 milhões de adeptos (números obviamente nada capciosos e condizentes com a realidade vigente…) e só por isso vai por o País em festa durante 1 semana.
  2. O Papa Bento XVI vem a Portugal e mesmo que não se queira, vai voltar a por a religiosidade na agenda mediática e na vida dos Portugueses por 3 dias. Pode ser que apesar de não ter a empatia do Papa João Paulo II, traga alguma Esperança numa altura que o País tanto precisa! Ou traga um milagre!!
  3. Pelo menos há uma imensa minoria (funcionários públicos e afins) que vão ter uma semana feliz porque vão ter mais uma tolerância de ponto fora de época (leia-se feriado), e assim contribuir para a melhoria dos índices de produtividade do País.
  4. Depois de um terramoto financeiro nas últimas semanas que pôs muitos investidores com o coração aos saltos, e as bolsas mundiais ainda mais histéricas, a semana começa com outro "milagre", com a Bolsa de Lisboa a subir como nunca subiu na sua história (mais de 10% numa sessão). Será que é para continuar pelo menos até ao fim da semana? Os entalados com acções agradecem!

Se continuarmos nesta senda, o melhor mesmo é mudar o nome desta semana para Semana Santa!! Mesmo que seja concentrado numa semana, pelo menos que hajam algumas alegrias para variar nestes tempos enevoados de cinza vulcânica e não só!

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Conselhos para pais que nunca tem tempo para nada...

Lux - Cuidar de si - há vida para além dos filhos

Educar dá trabalho. Exige amor, diversão, saber comunicar e saber agir. Exige também coerência entre o que dizemos e o que fazemos para que possamos servir de modelo para os nossos filhos. Exige ainda consistência (e alguma flexibilidade) ao longo dos dias. E muita paciência, às vezes de santo. Mas para além de tudo isto, e para quem habitualmente quer as coisas resolvidas para ontem, exige tempo. Em quantidade e em qualidade. É por isso uma tarefa que nos consome, mas ao mesmo tempo uma das mais estimulantes e enriquecedoras que podemos ter na vida.

No entanto, viver unicamente para os filhos não é nem razoável nem conveniente. Pai e mãe devem ter vida própria e não se transformarem em escravos das crianças. Antes de serem pais, são seres humanos, homem e mulher, com os seus desejos, necessidades e ambições.

Os filhos devem ser algo de muito bom nas nossas vidas, mas não o centro delas. Pais e mães que vivem em função dos seus filhos acabam por perder discernimento e não ser capazes de relativizar qualquer acontecimento que envolva as crianças. Para eles, tudo o que diz respeito aos filhos é de extrema importância, procurando não deixar nada ao acaso. Esta atitude pode causar grande ansiedade nos pais e não menos nos filhos.

Algumas crianças, mais passivas, quando se apercebem do seu papel central na vida dos pais, ficam sob grande tensão e procuram, por todos os meios, nunca os desiludir, vivendo constantemente na ansiedade de serem os melhores filhos aos olhos dos seus pais e não permitindo a si mesmos qualquer erro, nessa busca da perfeição, que não existe.

Outras crianças, mais activas, poderão usar essa atitude dos pais a seu favor, vivendo num clima de constante desafio aos limites que lhe são impostos, para perceberem até onde podem ir os pais na dependência em relação a si.

Por tudo isto, pai e mãe devem manter a sua vontade de desenvolvimento pessoal, os seus hobbies e a sua vida social, incluindo as saídas com amigos para jantar fora ou uma ida nocturna ao cinema. E é bom que continuem a olhar um para o outro, como homem e mulher que se amam e que pretendem partilhar a vida em conjunto. Não apenas os filhos, mas a vida.

Desta forma devem procurar tempo para si mesmos, enquanto casal, todos os dias, ao serão, ou passar um fim-de-semana a sós, de quando em vez.

Muitos casais anulam-se com a chegada do primeiro ou do segundo filho. As crianças passam a ser o centro das atenções, tudo é feito em função delas e a sua vida pessoal, social e como casal simplesmente deixa de existir. As crianças dormem no quarto dos pais até terem vários anos de vida, as refeições são um tormento a não ser que incluam os alimentos de que gostam, os fins-de-semana e as férias são programados tendo em conta apenas os interesses das crianças...

Dificilmente estes pais se sentirão realizados como pessoas e esse sentimento, mais cedo ou mais tarde, vai ser percebido pelos filhos.

Pelo contrário, pais que cuidam de si e da sua relação, para além de serem mais felizes e emocionalmente mais estáveis, educam melhor os seus filhos e servem de modelo de felicidade para as crianças. Dessa forma ensinam-lhes que a vida tem muitos componentes (e eles, filhos, são sem dúvida um dos mais importantes) e que a todos devemos dar valor para sermos verdadeiramente felizes e nos sentirmos realizados.

Os seus filhos também precisam de espaço e tempo só para eles e vão até agradecer-lhe que, por momentos, não esteja sempre a preocupar-se com eles. Pais realizados e com auto-estima transmitem isso mesmo aos seus filhos.
 Por Paulo Oom, pediatra - Revista Lux

sexta-feira, 30 de abril de 2010

Urgentário - novo calendário para projectos

Novo Calendário para empresas em que tudo é urgente, o que é cada vez mais corrente aqui na Suburbia!


                      O URGENTÁRIO
              =================================
              SAN  SEX  TER  SEX  QUA  SEX  QUI
                8    7    6    5    4    3    2
               15   14   13   12   11   10    9
               22   21   20   19   18   17   16
               29   28   27   26   25   24   23
               36   35   34   33   32   31   30
              =================================

  1. Este calendário foi desenvolvido para atender aos trabalhos URGENTES. Todos os trabalhos são pedidos para "ontem" e, por isso, todas as datas correm para trás. Desta forma, o chefe pode pedir o trabalho no dia sete (7) e recebê-lo no dia três (3).
  2. Normalmente é solicitado que os trabalhos fiquem prontos no máximo até sexta-feira, portanto foram colocadas 3 sextas-feiras em cada semana para rentabilizar a produção.
  3. Existem cinco novos dias acrescidos no final de cada mês para que não haja atrasos nos trabalhos de fecho.
  4. O dia 1 foi eliminado para que não se entreguem os trabalhos de final do mês no primeiro dia do mês seguinte.
  5. Ninguém gosta de segundas-feiras, portanto este dia também foi eliminado do Urgentário.
  6. Não existem sábados e domingos, para que as horas extras não onerem a folha de pagamento.F
  7. Foi criado um dia especial na semana, que é a "Santa-feira", destinada aos trabalhos que exigem "Milagres".


Assassino de seis jovens em Luziânia é achado morto em cela - cidades - Estadao.com.br

Assassino de seis jovens em Luziânia é achado morto em cela - cidades - Estadao.com.br

Complementando o post anterior, obviamente que o problema não é sequer um exclusivo daqui do nosso burgo. Esta noticia resume um dos casos mais falados nos ultimos dias no Brasil: um pedófilo que foi solto após ter uma redução da pena, apesar de ter sido desaconselhado ao juiz por psicologos.

Logo após a sua libertação começa a matar jovens da sua cidade e acabou por ser preso há alguns dias. Depois de confessar os crimes com uma frieza desumana, acaba por se suicidar na sua cela.

Na opinião de muitos no Brasil, esta situação veio novamente expor 2 fragilidades do sistema judiciario brasileiro (e que possivelmente se estende a muitos outros países ditos civilizados):
  1. Como é possivel reduzir a pena de um pedófilo confesso e contra todos os conselhos dos psicólogos clínicos, que indicavam que este poderia voltar a molestar novamente?
  2. Sabendo da barbaridade do crime, como é que o sistema prisional não impede que o criminoso se suicide sem pagar perante a sociedade pelos crimes cometidos?
Não podemos comparar realidades sociais e culturais diferentes como a nossa e a brasileira, mas este é apenas mais um caso de como a justiça cada vez menos se adequa ao turbilhão social em que vivemos.

Casal violava os filhos e forçava-os a sexo entre eles - Portugal - DN

Casal violava os filhos e forçava-os a sexo entre eles - Portugal - DN

Cada dia mais se falam de casos semelhantes, absolutamente bizarros e que a qualquer pessoa com o mínimo de sanidade mental, dá vontade de vomitar e nos faz cada dia menos acreditar no destino da Humanidade.
Para onde vamos quando os próprios pais são os primeiros a destruir a vida dos filhos? Que raio de sociedade é esta onde este tipo de comportamento começa a soar normal??

Por muito que a libido e o desejo sexual possam ser irracionais e por isso potencialmente justificar o injustificável, o que nos distingue dos animais é a racionalidade. Será que até nisso estamos a regredir como sociedade? Será este o preço a pagar pelo "desenvolvimento"? Para bem de todos, em particular, das gerações futuras, esperemos que haja coragem para combater este flagelo que sempre esteve latente na sociedade portuguesa e cuja dimensão/diversidade/perversidade começa aos poucos a ser conhecida.

quarta-feira, 17 de março de 2010

A fábula do chefe

É quase universal, mas não deixa de estar no espírito da Suburbia!

Esta é a estória de um chefe que, "stressado", foi um dia ao psiquiatra.
Relatou ao médico o seu caso. O psiquiatra, experiente, logo diagnosticou:
- O Sr. precisa de se afastar, por duas semanas, da sua actividade profissional. O conveniente é que vá para o interior, isole-se do dia-a-dia e procure algumas actividades que o relaxem.
Então, o nosso executivo procurou seguir as orientações recebidas. Munido de vários livros, CDs e PORTÁTIL, mas sem o telemóvel,  partiu para a fazenda de um amigo. Passados os dois primeiros dias, o nosso executivo já havia lido dois livros e ouvido quase todos os CDs.
Porém, continuava inquieto. Pensou, então, que alguma atividade física seria um bom antídoto para a  ansiedade que ainda o dominava. Procurou o capataz da quinta e pediu-lhe trabalho para fazer.
O capataz ficou pensativo e, vendo um monte de esterco que havia acabado de chegar, disse ao nosso executivo:
- O Senhor Doutor pode ir espalhando aquele esterco em toda aquela área que será preparada para o cultivo.
Pensou o capataz para consigo próprio:
"Ele deverá demorar uma semana com esta tarefa".
Puro engano! No dia seguinte já o nosso executivo tinha distribuído todo o esterco por toda a área.
O capataz deu-lhe então a seguinte tarefa: abater 500  galinhas com uma faca. Tarefa que se revelou muito fácil para o executivo ansioso: em menos de 3 horas já estavam todos os galináceos prontos para serem depenados!
Pediu logo nova tarefa. O capataz disse-lhe então:
-Vamos iniciar a colheita de laranjas. O Senhor Doutor vá, por favor, ao laranjal e leve consigo três cestos para distribuir as laranjas por tamanhos: pequenas, médias e grandes.
Passou o dia e o executivo não regressou com a tarefa cumprida. Preocupado, o capataz dirigiu-se ao laranjal.
Viu o nosso executivo, com uma laranja na mão, os cestos totalmente vazios, e o doutor a falar sozinho:
- Esta é grande? Não, é média. Ou será pequena???
- Esta é pequena? Não, é grande. Ou será média???
- Esta é média. Não, é pequena. Ou será grande???

Moral da história:
Espalhar merda e cortar cabeças é fácil.
O difícil é tomar decisões.

segunda-feira, 15 de março de 2010

De volta ao Suburbio

Após uma pequena paragem para reflexão (isto de ir à faca dá que pensar, né?) estou de volta para mais um período de parvoíce suburbana, em que tudo parece mau, mas nada se faz para o melhorar!

Aos que ficaram preocupados com a minha última mensagem e não sabiam o contexto, desculpem se vos assustei. Obrigado pelo carinho e desejos de boa recuperação a todos os que o fizeram!

Esta volta vai ser rápida pois estou prestes a partir para mais uma aventura por terras de Vera Cruz. E com uma criança de 1 ano e pouco, quem as tem sabe que pode ser uma temível aventura!

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Até breve

Para a família: estarei temporariamente mais longe, mas sempre com o vosso amor no coração!
Para os amigos: esperem por mim, que volto para ajudar a preencher com amizade os vossos dias!
Para os colegas: Até já! P.S.: Mês de Março é mês de EPM!!
Para os conhecidos: até à minha volta!
Para os inimigos: vou ali e não sei se volto.
Para os outros: continuem a viver na alegre ignorância sobre a minha existência.

Para quem ainda lê isto: passem ao próximo post! Se existir, o blogue ainda estará vivo!

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Honestidade está fora de moda

A honestidade é algo que está completamente fora de moda, e é encarada até como um defeito, uma fraqueza, pois dá-se sempre mais importância às aparências do que à verdade. A verdade não interessa a ninguém, apenas interessa a aparência, a falsidade, o enganar apenas pelo prazer de parecer aquilo que não se é.
Por vezes dizem que as crianças são brutalmente honestas, mas o que acontece é que elas não estão ainda contaminadas pelo politicamente correcto que tudo corrói e corrompe.
Cada vez mais se vive num mundo de mentira, em que a mentira é encarada apenas como algo natural, como defesa da privacidade e outros chavões que se encontrou para justificar a possibilidade de mentir, ser falso, e isso ser socialmente aceite.

Quando se fazem filmes tipo Matrix ou se apresentam algumas teorias da conspiração, é senso comum dizer-se que é algo exagerado, que a sociedade actual não está nesse estágio de alienação, etc. Mas estaremos assim tão longe dessa visão do mundo? Com o desenvolvimento da sociedade digital, em que todos estão ligados, mas em simultâneo todos podem ser quase tudo o que quiserem, não estaremos a criar uma realidade paralela, baseada na falsidade comummente aceite? Quem não tem dezenas de “amigos” no Facebook, Hi5 ou outra rede social, mas que na prática mal conhece e se necessário em privado os ataca com uma maledicência sem limites? Quem não se mostra como sendo alguém cheio de amizades, bondade, preocupação social, ambiental e não só e afinal não passa de uma mascara em que basta arranhar um bocadinho a capa para se ver a escuridão da alma que está por trás de tamanho benfeitor(a).

Olhamos a nossa volta e apenas vemos mentira, engano, desonestidade, vontade de tramar o próximo, ganhar vantagem a qualquer custo. A sociedade em que vivemos está cada dia mais podre e mais pobre, e apesar da aparente riqueza financeira, a pobreza moral aumenta diariamente. Cada dia vemos mais porcaria a encharcar a pocilga em que vivemos e ninguém quer fazer nada, pois já entrou no nosso ADN. Se para mim, isso ainda pode causar alguma confusão, para a maioria não interessa absolutamente nada, e sobretudo para os mais novos, cada vez mais os valores de honestidade, brio, profissionalismo, bondade, são conceitos tão longínquos que parecem quase alienígenas.

Eu tenho um filho, mas mesmo que o introduza nestes valores, só conseguirá sobreviver se for igual à carneirada. Não é o que quero para ele, mas possivelmente será o que acontecerá sem que o possa contrariar.

E se tudo isto que estive para aqui a desembrulhar, não passe de outra mentira saída de uma mente perturbada? Fica ao critério de quem ler, aferir dentro de si, o grau de verdade.

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Solidão

É incrível como numa cidade onde vivem milhões de pessoas, se consegue ter um sentimento tão forte de solidão, mesmo quando rodeado por tanta gente!
Por vezes a solidão é tão dura que dá vontade de gritar a plenos pulmões, na esperança que alguém ainda consiga escutar para lá do ruído da multidão… Mas a solidão é sobretudo um estado de espírito, com tudo de bom e mau que traz consigo. O Homem é por natureza um ser sociável logo a solidão é algo totalmente contra natura.

No meio da multidão, há muita solidão, muitas caras tristes, seja porque o seu dia-a-dia é penoso, seja porque hoje acordou com uma predisposição para o mau humor.
Hoje sou apenas mais um na multidão. Que me desculpem os que estão bem com a vida, mas hoje o sol não nasceu brilhante por este lado da Suburbia… Esperemos que o dia termine e amanhã tudo melhore!

sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

Feliz Ano de 2010

Um Feliz Ano de 2010 para os poucos que ainda leem o meu blog!

Que este ano represente mais um ponto de viragem para melhor na Suburbia e em especial para os Suburbanos que se interessam pela Vida!

Paz, Amor, Saúde! O resto vem por acréscimo!