segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Obrigado!

A todos os que me desejaram os Parabéns pelo aniversário, aqui fica o meu muito obrigado e que em 2010 todos possam novamente congratular-me, sobretudo porque vai ser a entrada na idade "adulta" dos 'entas.

domingo, 20 de dezembro de 2009

Sismo de Natal? (17/Dez/2009)

Quinta-feira, dia 17/Dez/2009 às 01h37 GMT, ocorreu um sismo de magnitude 6.0 na escala de Richter, sentido sobretudo na área metropolitana de Lisboa e no Algarve.
O epicentro foi a cerca de 100 Km a oes-sudoeste do Cabo de São Vicente, e durou alguns minutos, mas apenas sentido pelas pessoas durante alguns segundos. Felizmente aqui em casa ninguém sentiu o sismo e ainda bem, porque não é propriamente uma sensação agradavel!

Oficialmente não foram registados danos com o sismo, mas por aqui no prédio já apareceram as primeiras rachas causadas por ele, e como agora começou a chover, já há infiltrações significativas de água num prédio que foi totalmente reparado há cerca de 5 anos, mas cujo telhado não é arranjado, porque ninguem cumpre com as suas obrigações como condóminos, e acham que o problema do telhado é apenas de quem mora no último andar.
Não desejo realmente isso, mas quase dava vontade que o telhado abatesse e com isso causasse problemas em todos os apartamentos, para acabar com esta palhaçada de gente egoista e ignorante, que pulala nesta Suburbia.
Obviamente não sou totalmente parcial, pois o apartamento que está a sofrer as consequencias é dos meus pais e foi minha casa durante quase 30 anos. Mas independentemente disso, é impressionante como esta situação se arrasta há quase 30 anos sem real resolução.
Será que é necessário lançar fogo ao lixo posto por alguns que existe no sotão do prédio e que na prática impede de resolver definitivamente o problema com o telhado já podre e velho?

O Natal já não vai ser igual ao dos anos anteriores, pelas mais variadas razões. Agora nunca pensei que o Natal fosse agora afectado por um cancro que se arrasta há 30 anos.
Que pena que no Natal, a principal prenda que se oferece não seja doses concentradas de inteligência para tentar colmatar a estupidez crescente em que todos estamos envolvidos. Isso sim, seria um grande presente, não só para mim, mas para grande parte da Humanidade.

Feliz Natal, sem tremores que não sejam apenas do frio típico da época!

Natal é quando um Homem quiser

Porque será que cada dia se torna mais dificil acreditar nesta frase feita? Será que sou eu que estou a ser cada diamais pessimista sobre a Humanidade, ou pura e simplesmente estou com aquela melancolia natalícia que ataca quando o frio e a chuva chegam em força, todos os lugares onde se pode comprar uma lembrança são inundados de milhares de presenteadores profissionais e outros tantos amadores, que apenas vão lá para ver o que vão poder comprar nos saldos no ano seguinte?
Eu faço parte desse grupo de presenteadores de ultima hora, por preguiça, mas também porque apenas penso no assunto em cima da hora. Será que é realmente necessário presentearmos alguém para lhe demonstrarmos a nossa amizade? Ou muitas vezes é exactamente o oposto: o presente é a forma da nossa consciência ser aplacada por não ter ligado peva a essa pessoa durante todo o resto do Ano?

Numa época de crise, deveriamos pensar um pouco antes de comprar alguma coisa, mas a "tradição" é mais forte que a razão, por isso gastamos sem destino, como se o mundo fosse acabar amanhã. No ano que vem logo se vê se valeu ou não a pena.

Feliz Natal e que a Felicidade faça sempre parte da sua vida, em doses comedidas mas regulares, seja nesta época ou em qualquer outra!

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Sintomas de Stress

Este pequeno excerto sobre alguns dos sintomas de stress associados a um caso real, conduziu-me a comparações com algumas das pessoas que conheço. Enumerado desta forma analítica, torna-se ainda mais gritante o quanto o stress afecta a nossa qualidade de vida, e que na Suburbia é por vezes levado ao extremo.

Chamemos Nelson à pessoa associada a este caso real, um director de informática. Uma análise das origens e causas do seu estado de stress indicaram as seguintes conclusões:
  • O stress não era causado pelas condições em que o trabalho de Nelson era desenvolvido, mas pelos medos irracionais que ele sentia.
  • A origem dos seus medos estava nas frases distorcidas que ocupavam constantemente a sua mente.
  • Os pensamentos mais nocivos davam origem a estas frases e que ele repetia constantemente, eram pensamentos catastrofistas, do tipo: "Esta aplicação foi abaixo; embora pareça um pequeno problema, na realidade vai ser impossível resolvê-lo nos próximos dias, as consequências serão terríveis, o sistema estará parado e isso provoca uma catástrofe; todos me apontarão como responsável e o meu chefe dar-se-á conta de que sou um incompetente e acabarão por contratar um serviço externo de informática e eu irei para a rua..."
  • Apesar de tudo correr bastante bem no trabalho, e de a realidade demonstrar dia a dia que esses pensamentos eram irracionais, Nelson não conseguia tranquilizar-se e sentia-se permanentemente em perigo.
  • No trabalho, Nelson era incapaz de definir prioridades e, muitas vezes, de delegar tarefas nos outros, pelo que se encarregava desnecessariamente de trabalho extra.
  • Custava-lhe muito dizer NÃO. Sentia que devia agradar a toda a gente. Muitas vezes, ele próprio aumentava mais a carga de trabalho ao sugerir que poderiam fazer algumas adaptações que não estavam previstas.
  • Em vez de dedicar o seu tempo a dirigir, coordenar a sua equipa e a estabelecer as prioridades de trabalho, frequentemente trabalhava no terreno e assumia também funções de técnico. No fim, esta prática tinha as suas consequências: como não podia deixar de desempenhar as suas funções como membro directivo, prolongava todos os dias o seu horário laboral numa média de 3 horas, acabando literalmente "abatido".
  • O sobreesforço que realizava também tinha consequências em casa. Chegava sempre com o ânimo de rastos e, em vez de pôr a hipótese de alterar a sua forma de encarar o trabalho, deixava-se invadir novamente por ideias irracionais, que o levavam a um beco sem saída. Em várias ocasiões, tinha afirmado à mulher que na realidade não deveria ter casado e que tinha sido um erro ter filhos.
  • Durante a noite continuava a alimentar pensamentos irracionais, que lhe provocavam um stress constante. Como não conseguia "desligar", passadas as primeiras 2 ou 3 horas de sono despertava e estava o resto da noite numa espécie de vigília, facto que fazia com que na manhã seguinte acordasse esgotado e... tudo recomeçava!
Este excerto foi retirado de um livro intitulado "Trabajar Sin Sufrir", de Maria Jesús Álava Reyes, psicóloga espanhola com mais de 30 anos de trabalho no âmbito da psicologia clínica, educativa e do trabalho.

No entanto, para quem trabalha no sector das tecnologias de informação, há aqui padrões de comportamento que são facilmente identificáveis nas pessoas que nos rodeiam. São sinais de alerta para introduzir alguma mudança na vida dessas pessoas, ou acabarão por se auto-destruir.

Obviamente que estes problemas não são exclusivos das tecnologias de informação, nem sequer da Suburbia, mas o estilo de vida que vivemos potencia estes factores de risco.

E sabem qual é o conselho numero 1 que esta senhora dá aos seus pacientes? Analisem o vosso dia quer do ponto de vista das acções e pensamentos e registem-no por escrito. Possivelmente serão confrontados com algo que subsconscientemente relegavam para último plano.

Se se revê nem que seja um pouco neste caso talvez um pouco extremo, então pare um pouco para analisar o seu próprio caso e veja o que pode fazer por si.

Vinte Recomendações para evitar o Stress

  1. Faça pausas de 10 minutos a cada 2 horas de trabalho, no máximo. Repita essas pausas na vida diária.
  2. Aprenda a dizer NÃO, sem se sentir culpado ou achar que magoou. Querer agradar a todos é um desgaste enorme.
  3. Planeie o seu dia, mas deixe sempre espaço para o improviso, consciente que nem tudo depende de si.
  4. Concentre-se, apenas, numa tarefa de cada vez.
  5. Esqueça, de uma vez por todas, a ideia que você é imprescindível. No trabalho, em casa, no seu grupo social, por mais que isso lhe desagrade, tudo anda sem a sua actuação, a não ser você mesmo.
  6. Deixe de ser responsavel pelo prazer de todos.
  7. Peça ajuda sempre que necessário, tendo o bom senso de pedir às pessoas certas.
  8. Diferencie problemas reais de problemas imaginários e elimine-os, porque são pura perca de tempo e ocupam espaço mental precioso para coisas importantes.
  9. Tente descobrir o prazer das pequenas coisas do dia-a-dia, como dormir, comer e tomar banho, sem achar porém que é o máximo a conseguir-se na vida.
  10. Evite envolver-se na ansiedade e tensão alheias. Espere um pouco e depois retome o diálogo ou ação.
  11. A família não é você, está junto de si, compõe o seu mundo, mas não constitui a sua identidade.
  12. Entenda que princípios e convicções fechadas podem ser um grande peso e travão no conhecimento e na procura.
  13. É preciso ter sempre alguem com quem se possa falar e confiar abertamente ao menos num raio de 100 Km. Não adianta estar mais longe.
  14. Saiba a hora certa de sair de cena, de retirar-se do palco. Nunca perca o sentido da importância subtil de uma saída discreta.
  15. Não queira saber se disseram mal de si nem se atormente com esse lixo mental; ouça o que disseram bem, com reserva analítica, sem qualquer convencimento.
  16. Competir no trabalho e na vida a dois, é óptimo... para quem quer ficar esgotado e perder o melhor!
  17. A rigidez é boa na pedra, não no ser humano.
  18. Uma hora de intenso prazer substitui, à vontade, 3 horas de sono perdido. O prazer recompõe mais que o sono. Logo, não perca uma oportunidade de divertir-se.
  19. Não abandone as suas três grandes e inabaláveis amigas: a intuição, a inocência e a fé.
  20. Perceba, de uma vez por todas, definitiva e conclusivamente: você é o que se fizer!
No dia em que passe a conseguir assimilar pelo menos 10 destas recomendações, seguramente aprendeu a viver sem stress.

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Turismo Rural

Não sou o autor, nem sei quem é, mas a prosa é deliciosamente certeira sobre o que é hoje o "turismo rural".


Trata-se de um desporto nacional que antes se chamava "ir à terra". A diferença é que se fores à tua terra, vais de borla, e se fizeres turismo rural vais a uma terra que não é a tua e pagas uma pipa de massa.

Para fazer turismo rural não serve qualquer terra. Tem de ser uma Terra "com encanto".

E o que é uma terra "com encanto"?

Obviamente, é uma terra que está num guia de terras "com encanto".
Está-se mesmo a ver. A estas terras chega-se normalmente por uma estrada municipal "com encanto", que é uma estrada com tantos buracos e tantas curvas que quando chegas à terra estás mortinho para sair do carro.

E quando entras no café tentas integrar-te com os vizinhos.

- Bom dia, compadres! O que é que é típico daqui?

E o gajo do café pensa: "Aqui o típico é que venham os artolas da cidade ao fim-de-semana gastar duzentos contos".

A seguir, ficas instalado numa casa rural ou "casa com encanto", que é uma casa decorada com muitos vasinhos e réstias de alhos penduradas do tecto, que não tem televisão, nem rádio, nem microondas. Em contrapartida, tem uns cabrões de uns mosquitos que à noite fazem mais barulho que uma Famel Zundapp.

Depois apercebes-te que os da terra vivem numas casas que não têm Encanto nenhum, mas têm jacuzzi, parabólica, Internet e video-porteiro. A tua casa não tem video-porteiro, mas tem uma chave que pesa meio quilo.

Outra vantagem de fazer turismo rural é que podes escolher entre uma Casa vazia ou ir viver com os donos da casa. Fantástico!!! Vais de férias e, além da tua, ainda tens de aguentar uma família postiça.
Que à noite queres ver o filme, eles os documentários e tu perguntas-te:

"Quem é que manda mais? Eu, que paguei 600 euros ou este senhor que vive aqui?" Ganha ele, que tem um cacete.

Ainda por cima, dizem-te que tens "a possibilidade de te integrares nos trabalhos do campo". O que quer dizer que te acordam às cinco da manhã para ordenhar uma vaca. Não te lixa?

É como ires à bomba da gasolina e teres de pôr tu a gasolina, ou como ires ao McDonalds e teres de arrumar o tabuleiro. Ou seja, o normal.

Então, levantas-te às cinco para ordenhar as vacas. E digo eu:

Porque raio é que é preciso ordenhar as vacas tão cedo? O leite está lá! Não se podem ordenhar depois do pequeno-almoço? Eu acho que isto é só para chatear, porque a vaca deve ficar muita contente por a acordarem às cinco da manhã para um estranho lhe vir mexer nas mamas. A vaca olha para ti como se dissesse:

"Ouve lá, pá! Se queres leite vai ao frigorífico e abre um pacote!"

É que é mesmo só para chatear!!!

Mas o "encanto" definitivo são "as actividades ao ar livre". Como quando te põem a fazer caminhada, que é aquilo a que normalmente se chama andar, e consiste, exactamente, em por um pé em frente ao outro até não poderes mais, enquanto os da terra vão num jipe com ar condicionado. Mas tu, feliz da vida, vais pelo campo atordoado, tornas-te bucólico e tudo te parece impressionante. Vês uma vaca e dizes:

"Ummmmm, que cheirinho a campo". A campo não, a bosta!!! Mas, isso sim, é a bosta "com encanto". E tudo, seja o que for, te sabe maravilhosamente: na mesa pespegam-te 2 ovos estrelados com chouriço e tu na cidade não comes estes ovos, nem estes chouriços. E perguntas ao empregado:

- Este chouriço é da matança?

- Quase, porque o gajo do camião da Izidoro ia morrendo ali na curva.

De repente, ouves umas badaladas e dizes:

- Ah! Que paz! Não há nada como o som de um sino!...

E o gajo do café diz-te:

- É gravado. Não vê o altifalante no campanário?

Nesse momento, perguntas-te se os ruídos das galinhas e dos grilos não estarão num CD: "RuralMix2009", "Os 101 Maiores Êxitos Campestres". A única coisa de que tens a certeza é que os cabrões dos mosquitos são verdadeiros. Pareces um Ferrero Rocher com varicela!!!

Eu acho que, de segunda a sexta, as pessoas destas terras vivem como toda a gente, mas ao fim-de-semana espalham pela estrada uns tipos mascarados de pastores e quando vêem que se aproxima um carro, avisam os da terra pelo telemóvel: "Hey, vêm aí os do turismo rural!" E mudam o cartaz de "Videoclube" pelo de "Tasca", soltam uns cães pelas ruas e sentam à entrada na terra dois avôzinhos a fazer sapatos, que depois tu compras uns e saem-te mais caros que uns Nike.

Enfim, acho que uma montagem tão grande como esta não pode ser obra de pessoas isoladas. Tenho a certeza de estão implicadas as autoridades.

Imagino o Presidente da Câmara:

- "Queridos conterrâneos: este Verão, para aumentar o turismo, vamos importar
mais mosquitos do Amazonas, que no ano passado tiveram imenso êxito. E quero ver toda a gente com boina, nada de bonés de pala da Marlboro. E façam o favor de pintar o espaço entre as sobrancelhas, que assim não parecem da província! E as avós: nada de topless na ribeira, que espantam os mosquitos! E só mais uma coisa: este ano não é preciso ninguém fazer de maluquinho da terra, que com os que vêm de fora já chega!


quarta-feira, 18 de março de 2009

Reino Unido: Centenas de mortes anormais em hospital público

Reino Unido: Centenas de mortes anormais em hospital público

http://www.diariodigital.pt/news.asp?section_id=62&id_news=378620

O primeiro-ministro britânico, Gordon Brown, apresentou hoje as desculpas do governo depois da divulgação de um relatório que denuncia falhas graves num hospital público, que poderão estar na origem de 400 a 1.200 mortes, entre 2005 e 2008.

Diz-se mal da Saúde em geral em Portugal, mas até nos países considerados mais desenvolvidos são cometidas verdadeiras barbaridades nos hospitais públicos ou de capitais públicos. Este problema é cada vez mais generalizado, talvez porque o respeito pela condição humana é cada dia menor, quando em simultâneo mais pessoas tem acesso a prestação de cuidados médicos. Como normalmente não é acompanhado por um crescimento idêntico dos recursos associados a esses mesmos cuidados médicos, a qualidade inevitavelmente sofrerá.

Deveria ser um factor de investimento público básico, mas em simultâneo, poucos são os que podem ou querem pagar o justo preço por esse serviço, o que torna a maioria dos sistemas de saúde autenticos sorvedouros financeiros e de qualidade duvidosa. Para isto mudar teria que haver um investimento público na qualidade dos serviços prestados, mas gerido de uma forma racional, evitando desperdicios mas ao mesmo tempo investindo no desenvolvimento de quadros e tecnologia que permitisse uma autosuficiência cada vez maior nos cuidados de saúde nos diversos países, e sobretudo deixar de haver a opacidade vigente sobre os custos reais dos serviços nacionais de saúde, para que pudesse facilmente escrutinar os abusos que sempre poderão haver quando falamos de dinheiro público.

Não quer isto dizer que seja contra a saúde privada. Apenas considero que os dinheiros públicos deveriam ser mais bem utilizados no apoio aos cuidados de saúde de todos, mesmo que isso implique alguma discriminação (os que podem pagar mais, contribuem mais, mas tem um sistema de qualidade). A situação actual em que os mais ricos pagam mais, mas depois se querem um mínimo de qualidade na prestação de cuidados de saúde tem que recorrer à medicina privada, acaba por ser uma perversão do conceito de igualdade que tanto se apregoa nas sociedades modernas.

segunda-feira, 9 de março de 2009

A Formiga

Uma fábula, ou talvez não...

Todos os dias, a formiga chegava cedinho à oficina e desatava a trabalhar.
Produzia e era feliz.

O gerente, o leão, estranhou que a formiga trabalhasse sem supervisão.
Se ela produzia tanto sem supervisão, melhor seria supervisionada?

Contratou uma barata, que tinha muita experiência como supervisora e fazia belíssimos relatórios. A primeira preocupação da barata foi a de estabelecer um horário para entrada e saída da formiga.

De seguida, a barata precisou de uma secretária para a ajudar a preparar os relatórios e ...
... contratou uma aranha que além do mais, organizava os arquivos e controlava as ligações telefónicas.

O leão ficou encantado com os relatórios da barata e pediu também gráficos com índices de produção e análise de tendências, que eram mostrados em reuniões específicas para o efeito.

Foi então que a barata comprou um computador e uma impressora laser e...
... admitiu a mosca para gerir o departamento de informática.

A formiga de produtiva e feliz, passou a lamentar-se com todo aquele universo de papéis e reuniões que lhe consumiam o tempo!

O leão concluiu que era o momento de criar a função de gestor para a área onde a formiga operária trabalhava. O cargo foi dado a uma cigarra, cuja primeira medida foi comprar uma carpete e uma cadeira ortopédica para o seu gabinete.

A nova gestora, a cigarra, precisou ainda de computador e de uma assistente (que trouxe do seu anterior emprego) para a ajudar na preparação de um plano estratégico de optimização do trabalho e no controlo do orçamento para ...
a área onde trabalhava a formiga, que já não cantarolava mais e cada dia se mostrava mais enfadada.

Foi nessa altura que a cigarra, convenceu o gerente, o leão, da necessidade de fazer um estudo climático do ambiente.
Ao considerar as disponibilidades, o leão deu-se conta de que a Unidade em que a formiga trabalhava já não rendia como antes; e contratou a coruja, uma prestigiada consultora, muito famosa, para que fizesse um diagnóstico e sugerisse soluções.

A coruja permaneceu três meses nos escritórios e fez um extenso relatório, em vários volumes que concluía : "Há muita gente nesta empresa!".

Adivinhem quem o
leão começou por despedir? A formiga, claro, porque "andava muito desmotivada e aborrecida".

Nota: Os personagens desta fábula são fictícios; qualquer semelhança com a realidade, é pura coincidência . . .

quarta-feira, 4 de março de 2009

Estatísticas há para todos os gostos!

Hoje um colega chamou-me a atenção por brincadeira para uma nota de rodapé do jornal gratuito Metro, e que transcreve abaixo. É uma estatística no mínimo curiosa!


Deixo ao critério de cada um as ilações que queira retirar desta estatística, mas há uma que parece ser bastante óbvia: há muita gente por esse mundo do trabalho fora que não tem nada que fazer ou então não quer fazer nada!

E não me venham dizer que são apenas os homens que são uns malandros, já que envolve 2 pessoas e pela sondagem apenas 1% não gostou ao ponto de fazer queixa...
Mas as estatísticas valem o que valem e há para todos os gostos, mas tinha fiquei com curiosidade para ver os resultados da mesma pergunta mas feita aos homens "Quantos já foram flirtados no trabalho?" Alguém aposta em valores?!? Se alguém descobrir, coloque aqui nos comentários!

domingo, 22 de fevereiro de 2009

É Carnaval, ninguém leva a mal

Todos os dias dos últimos vemos opinion-makers por este mundo fora, pregando a desgraça em que todo o Mundo caiu após a crise sub-prime nos Estados Unidos e outros países mais ricos.

Mas sobretudo, o que já parece ser consenso generalizado é que esta crise vai muito para além de uma crise financeira, e tem por base uma crescente crise de valores, em que nada está a salvo de ser destruído, desde os bens materiais, como dinheiro, propriedades, etc, mas também a confiança, honorabilidade, direito ao bom nome, honestidade, amizade e até porque não o amor e a felicidade.

Esta crise pode conduzir a convoluções sociais de consequências imprevisiveis, que pode por em causa tudo aquilo que muitas gerações já tomam como dados adquiridos no seu bem-estar, no seu modo de viver e conviver com os que os rodeiam, quer nas relações pessoais, quer profissionais.

E isto é particularmente verdade na Subúrbia, onde há maior desenraizamento cultural e em que cada vez mais se cultiva uma noção de amoralidade, ou de uma moralidade individualista (cada um tem a sua e que se lixe a dos outros), tornando tempos difíceis como os que podem vir aí, uma autêntica selva em que a única regra será o "Salve-se quem puder".

Quem, como eu, é pai recente e de primeira viagem, deixa-me um pouco apreensivo sobre o futuro do meu filho, pois este tipo de crise pode ter consequências duradouras, que vão afectar o seu próprio futuro e sem que ele tenha contribuído de forma alguma para ele.

Estamos perante um furacão de grau ainda desconhecido, que não sabemos por onde vai passar nem quando vai terminar... E como todos os furacões, deixa um rasto de destruição inenarravel, não tendo qualquer compaixão por nada ou ninguém.

E são as múltiplas noticias diárias sobre este furacão que nos vão povoando a mente, aumentando o grau de ansiedade, e sobretudo o que assusta é a sensação de impotência de muitos de nós em contribuir para travar este furacão. E este furacão vai lentamente devorando-nos, triturando-nos até sermos cuspidos pelo vortex e cairmos sabe-se lá onde, como e em que estado. Hoje desafogado financeiramente, amanhã desempregado, na miséria, sem casa, etc...
Como na grande maioria dos furacões que acontecem pelo mundo, os meteorologistas conseguem antecipá-los com alguma antecedência, avisar as pessoas e estas refugiarem-se ou tentarem proteger os bens... Mas a força destruidora é por vezes tão grande que mesmo os mais avisados nada conseguem fazer para se salvar. Mais uma vez: impotência!

Já que se fazem tantas sondagens sobre os assuntos mais absurdos, tinha curiosidade em ver como é que esta crise afectou a vontade dos portugueses brincarem no Carnaval. No bolso a crise já mexeu, mas será que também já está a mexer na nossa alegria? Que os suburbanos andam mais tristes no dia a dia, parece-me que já é um facto. Mas e na folia? Será que no Carnaval ainda ninguém leva a mal?

Estas pequenas alterações de comportamentos são sinais que se forem analisados em conjunto por sociologos ou outros especialistas nestas áreas concerteza darão indicações que a sociedade em geral, e mais concretamente as sociedades suburbanas estão a perder a sua caracteristica de grupo e a tornar-se numa soma de muitas individualidades, sem ligações entre elas e com um potencial de conflito cada vez maior.

Onde vai tudo isto parar? Gostava de saber... Mas para já, agora que o Carnaval vai a enterrar, se enterrem também algumas das muitas "desgraças" que temos vindo a saber, e que o Sol comece a iluminar um pouco mais as mentes e corações da Suburbia, para que se inverta um pouco este fado português de contínua desgraceira.

Este Carnaval pela 1ª vez na vida, andei mascarado de trabalhador, por isso estou tão bem disposto. Ah sim, espero que já tenham percebido, que tal como refiro no post anterior, sou um "gajo da informática", com tudo o que de bom e mau tem associado.

Resumindo: tentem sobreviver ao furacão, refugiando-se nos vossos "abrigos" e sobretudo não deixem de tentar ser felizes!

Coisas que todos precisam saber sobre o(a) gajo(a) da Informática

Apesar de ser uma sátira não deixa de ser realidade para muitos dos que trabalham em empregos de informática em particular, ou TI em geral. Pelo menos eu revejo-me em alguns dos tópicos!

1 - O GAJO DA INFORMÁTICA dorme. Pode parecer mentira, mas O GAJO DA INFORMÁTICA precisa de dormir e descansar como qualquer outra pessoa. Esqueça que ele tem telemóvel e telefone em casa; ligue só para o escritório ou para o telemóvel entre as 09h00m e as 13h00 (manhã) ou entre as 15h00 e as 19h00 (tarde) de Segunda-feira a Sexta-feira. O GAJO DA INFORMÁTICA também precisa de descansar aos Sábados, Domingos, feriados e NOS DIAS QUE INDICOU DE FÉRIAS.

2 - O GAJO DA INFORMÁTICA come. Parece inacreditável, mas é verdade. O GAJO DA INFORMÁTICA também precisa de alimentar-se e tem horas para isso, TODOS OS DIAS.

3 - O GAJO DA INFORMÁTICA pode ter família. Esta é a mais incrível de todas. Mesmo sendo um GAJO DA INFORMÁTICA, precisa de descansar no fim de semana para poder dar atenção à família, aos amigos e a si próprio, sem pensar ou falar em informática, impostos, formulários, reparações e demonstrações, manutenção, vírus e etc.

4 - O GAJO DA INFORMÁTICA, como qualquer cidadão, precisa de dinheiro. Por esta você não esperava, ah? É surpreendente, mas O GAJO DA INFORMÁTICA também paga impostos, compra comida, precisa de combustível, roupas e sapatos, e ainda consome xanax para conseguir relaxar. Não peça aquilo pelo que não pode pagar ao GAJO DA INFORMÁTICA.

5 - Ler e estudar também é trabalho. E trabalho sério. Pode parar de rir. Não é piada. Quando um GAJO DA INFORMÁTICA está concentrado num livro ou publicação especializada ele está a aprimorar-se como profissional, logo, a trabalhar.


6 - De uma vez por todas, vale reforçar: O GAJO DA INFORMÁTICA não é vidente, não faz tarôt e nem tem uma bola de cristal para adivinhar o que as outras pessoas pensam ou fazem. Se você julgou que era assim, demita-o e contrate um PARANORMAL, um BRUXO ou um DETECTIVE. Ele precisa de analisar, planear, organizar-se e que lhe expliquem DETALHADAMENTE o que é pretendido para assim ter condições de fazer um bom trabalho, seja de que tamanho for. Prazos são essenciais e não um luxo. Se você quer um milagre, ore bastante, faça jejum, e deixe o pobre do GAJO DA INFORMÁTICA em paz.


7 - Em reuniões de amigos ou festas de família, O GAJO DA INFORMÁTICA deixa de ser O GAJO DA INFORMÁTICA e reassume o seu posto de amigo ou parente, exactamente como era antes dele ingressar nesta profissão. Não lhe peça conselhos ou dicas. Ele também tem o direito de divertir-se.


8 - Não existe apenas uma 'listagemzinha', uma 'rotininha', nem um 'textozinho', um 'programinha muito fácil para controlar isto e aquilo', um 'probleminha, que a máquina não liga', um 'sisteminha', uma 'visitinha rápida (aliás, conta-se de onde saímos e até chegarmos)'. Assim, esqueça os inha e os inho (programinha, textozinho, visitinha) ', pois os GAJOS DA INFORMÁTICA não resolvem este tipo de problemas. Listagens, rotinas e programas são frutos de análises cuidadosas e requerem atenção, dedicação. Planear, organizar, programar com concentração e dedicação, pode parecer inconcebível a uma boa parte da população, mas serve para tornar a vida do GAJO DA INFORMÁTICA mais suportável.


9 - Quanto ao uso do telemóvel: o telemóvel é uma ferramenta de trabalho. Por favor, ligue apenas quando necessário. Fora do horário de expediente, mesmo que você ainda duvide, O GAJO DA INFORMÁTICA pode estar a fazer algumas das coisas que você nem pensou que ele fazia, como dormir ou namorar, por exemplo.


10 - Pedir a mesma coisa várias vezes não faz O GAJO DA INFORMÁTICA trabalhar mais rápido. Solicite. Depois, aguarde o prazo dado pelo GAJO DA INFORMÁTICA.


11 - Quando o horário de trabalho do período da manhã vai até 13h00m, não significa que você pode ligar às 12:58 horas. Se você só se lembrou do GAJO DA INFORMÁTICA a essa hora, azar o seu, espere e ligue após o horário do almoço (lembra-se do item 2?). O mesmo vale para a parte da tarde: ligue no dia seguinte.


12 - Quando O GAJO DA INFORMÁTICA estiver a apresentar um projecto, por favor, não fique bombardeando-o com milhares de perguntas durante a reunião. Isso tira a concentração, além de dar-lhe cabo da paciência.

ATENÇÃO: Evite perguntas que não tenham relação com o projecto, tipo "Quanto custou o seu portátil?" ou "O que acha que devo comprar para o meu filho jogar em casa, um portátil ou um desktop?"

13 - O GAJO DA INFORMÁTICA não inventa problemas, não faz actualizações automáticas de Windows piratas, não tem relação com vírus, em resumo, NÃO É CULPADO PELO MAU USO DE EQUIPAMENTOS, INTERNET E AFINS. Não reclame! O GAJO DA INFORMÁTICA com certeza fez o possível e dentro da legislação em vigor para você pagar menos. Se quer fazer upgrades de borla, instalar programinhas giros, etc., faça-o, mas antes demita O GAJO DA INFORMÁTICA e contrate um PICHELEIRO.


14 - Os GAJOS DA INFORMÁTICA não são os criadores dos ditados "o barato sai caro" e "quem paga mal paga a dobrar". Mas eles concordam.


15 - Informática é referente à computadores (HARDWARE OU SOFTWARE e muito raramente, os dois ao mesmo tempo), e não TV's, telemóveis e electrodomésticos, etc. Portanto, O GAJO DA INFORMÁTICA não vai ensinar-lhe a mexer no telemóvel, reparar a sua TV, etc.


16 - Existem vários tipos de GAJOS DA INFORMÁTICA e cada um tem a sua especialização. Se você parte uma perna não vai ao oculista, pois não? Assim, se o GAJO DA INFORMÁTICA é especialista em software e programação poderá não estar muito à vontade sobre HARDWARE ou REDES e vice-versa para realizar um trabalho de qualidade, portanto não lhe peça para executar trabalhos nos quais não é especialista dizendo "você consegue fazer, para que chamar outra pessoa se você é mesmo bom nisto da informática"


Não sei quem foi o autor, pois foi mais um daqueles chain mails que tanto recebemos dos amigos como de desconhecidos, mas dá que pensar... Hoje em dia há um pouco a conotação que o tipo da informática é omnipresente, omnisciente e omnipotente... Só que não é Deus!

quinta-feira, 1 de janeiro de 2009

Feliz Ano de 2009

A todos os que tem me dado o prazer de ler e comentar algumas das minhas prosas, desejo um Feliz Ano de 2009, cheio de sucesso, pouco afectado pela ínfame crise e com muita saúde, paz e amor!

Espero que possa também ser um ano mais profícuo em posts e comentários neste blog, mas agora com o novo rebento na família, quase todo o tempo é para esse pequeno ser que consome tudo e todos a sua volta. Mas é uma alegria!!

Espero que continuem a ler-me e cada vez a participarem mais neste pequeno canto da Suburbia!