quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

Self-Destructive Mode?

A vida prega-nos destas partidas, em que nos deixamos iludir por falsas seguranças, por zonas de conforto das quais não queremos sair. Pois bem, a Vida na sua infinita sabedoria, encarrega-se de nos demonstrar que nada é seguro, seja onde for.

Nesta época de pretensa alegria, convívio com a família, mas também de reflexão, há momentos em que olho para o meu legado na Suburbia e vejo que apenas sobra aridez, dias banais, sem que o meu testemunho tenha servido para mudar um pouco o mundo.

Talvez por isso, este blog esteja igualmente árido, desconexo, enfadonho ou até deprimente. Afinal acaba por ser à minha imagem, à imagem da minha visão do mundo.

Será que ela interessa a mais alguém senão a mim próprio? Talvez sim. talvez não. Já me passou pela cabeça terminar com esta aventura na blogosfera, elimina-la até, para não ser apenas mais um com ideias banais.

Mas caramba... Se há tantos que escrevem por tudo, por nada, sobre tudo e sobre nada, por que é que eu não posso também deixar os meus bytes?

Vejo o mundo à minha volta a desfazer-se em várias vertentes a que dou muita importância e contribuem para o meu equilíbrio. Isso inevitavelmente transpõe-se para o meu comportamento, para a forma como todos os temas sobre os quais pretendo escrever acabam por ter uma componente destrutiva, depressiva, desgostosa. A Suburbia não é apenas isso, mas contribui para o estado de espírito. Só espero que este "Self-Destructive Mode" não seja a forma que encontrei para lidar com a mudança, pois ainda vai tornar a vida na Suburbia muito mais difícil de suportar.

Venha 2008, para que na ilusão de um novo Ano, venha a pretensão de novas alegrias, novos desafios, e também contribua para a mudança de objectivos e quem sabe de realidades, pois a actual em algumas vertentes, está tristemente doente, quando já foi radiosa e até invejada.

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