sábado, 22 de dezembro de 2012

Programação do Fim do Mundo

Sem duvida a melhor programação do Fim do Mundo que não veio!


Feliz Natal!!

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Piadola de Natal



E QUE TAL ENVIARMOS AS BOAS FESTAS A TODOS OS CONTRIBUINTES DESEJANDO UM PRÓSPERO ANO DE 2012?

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Ahhhh a preguiça...




"The Lazy Song - Bruno Mars" é uma ode bem disposta à preguiça. E como é bom preguiçar no meio da confusão do dia a dia! E a letra prova como é bom gozar a preguiça!

Today I don't feel like doing anything
I just wanna lay in my bed
Don't feel like picking up my phone, so leave a message at the tone
'Cause today I swear I'm not doing anything

I'm gonna kick my feet up then stare at the fan
Turn the TV on, throw my hand in my pants
Nobody's gon' tell me I can't

I'll be lounging on the couch just chilling in my Snuggie
Click to MTV so they can teach me how to dougie
'Cause in my castle I'm the freaking man

Oh yes, I said it, I said it
I said it 'cause I can

Today I don't feel like doing anything
I just wanna lay in my bed
Don't feel like picking up my phone, so leave a message at the tone
'Cause today I swear I'm not doing anything
Nothing at all, nothing at all

Tomorrow I'll wake up, do some shit
Find a really nice girl, have some really nice sex
And she's gonna scream out

This is great
(Oh my god, this is great)

Yeah, I might mess around
And get my college degree
I bet my old man will be so proud of me
But sorry pops, you'll just have to wait

Oh yes, I said it, I said it
I said it 'cause I can

Today I don't feel like doing anything
I just wanna lay in my bed
Don't feel like picking up my phone, so leave a message at the tone
'Cause today I swear I'm not doing anything

No, I ain't gonna comb my hair
'Cause I ain't going anywhere
No, no, no, no, no, no, no, no, no

I'll just strut in my birthday suit
And let everything hang loose
Yeah, yeah, yeah, yeah, yeah
Yeah, yeah, yeah, yeah, yeah, yeah

Oh, today I don't feel like doing anything
I just wanna lay in my bed
Don't feel like picking up my phone, so leave a message at the tone
'Cause today I swear I'm not doing anything

Nothing at all
Nothing at all
Nothing at all

quarta-feira, 20 de julho de 2011

China, a doença do mundo???

Está virado para a realidade brasileira, mas na situação atual, aplica-se perfeitamente também a nós. Para refletirmos e começarmos a agir:
A China do Futuro e o Futuro é Hoje...
A verdade é que agora, tudo o que compramos é Made in China.
........Eis um aviso para o futuro!
Mas quem liga para esse aviso?
Atualmente ....Ninguém !
Agora é só ....aproveitar E APROVEITAR ...!
E depois como será para os nossos filhos ?
JÁ PENSOU COMO FICARÁ A CHINA DO FUTURO?


Luciano Pires é diretor de marketing da Dana e profissional de comunicação


Alguns conhecidos voltaram da China impressionados.
Um determinado produto que o Brasil fabrica em um milhão de unidades, uma só fábrica chinesa produz quarenta milhões...
A qualidade já é equivalente. E a velocidade de reação é impressionante.
Os chineses colocam qualquer produto no mercado em questão de semanas....
Com preços que são uma fração dos praticados aqui.
Uma das fábricas está de mudança para o interior, pois os salários da região onde está instalada estão altos demais: 100 dólares.
Um operário brasileiro equivalente ganha 300 dólares no mínimo que acrescidos de impostos e benefícios representam quase 600 dólares.
Quando comparados com os 100 dólares dos chineses, que recebem praticamente zero benefícios.... estamos perante uma escravatura amarela e alimentando-a...
Horas extraordinárias? Na China...? Esqueça !!!
O pessoal por lá é tão agradecido por ter um emprego que trabalha horas extras sabendo que não vão receber nada por isso...
Atrás dessa "postura" está a grande armadilha chinesa.
Não se trata de uma estratégia comercial, mas sim de uma estratégia de "poder" para ganhar o mercado ocidental .
Os chineses estão tirando proveito da atitude dos 'marqueteiros' ocidentais, que preferem terceirizar a produção ficando apenas com o que ela "agrega de valor": a marca.


Dificilmente você adquire atualmente nas grandes redes comerciais dos Estados Unidos da América um produto "made in USA". É tudo "made in China", com rótulo estadunidense.
As empresas ganham rios de dinheiro comprando dos chineses por centavos e vendendo por centenas de dólares...
Apenas lhes interessa o lucro imediato e a qualquer preço.
Mesmo ao custo do fechamento das suas fábricas e do brutal desemprego. É o que pode-se chamar de "estratégia preçonhenta".
Enquanto os ocidentais terceirizam as táticas e ganham no curto prazo, a China assimila essas táticas, cria unidades produtivas de alta performance, para dominar no longo prazo.
Enquanto as grandes potências mercadológicas que ficam com as marcas, com o design...suas grifes, os chineses estão ficando com a produção, assistindo, estimulando e contribuindo para o desmantelamento dos já poucos parques industriais ocidentais.
Em breve, por exemplo, já não haverá mais fábricas de tênis ou de calçados pelo mundo ocidental. Só haverá na China.
Então, num futuro próximo veremos os produtos chineses aumentando os seus preços, produzindo um "choque da manufatura", como aconteceu com o choque petrolífero nos anos setenta. Aí já será tarde de mais.
Então o mundo perceberá que reerguer as suas fábricas terá um custo proibitivo e irá render-se ao poderio chinês.
Perceberá que alimentou um enorme dragão e acabou refém do mesmo.
Dragão este que aumentará gradativamente seus preços, já que será ele quem ditará as novas leis de mercado, pois será quem manda, pois terá o monopólio da produção .
Sendo ela e apenas ela quem possuirá as fábricas, inventários e empregos é quem vai regular os mercados e não os "preçonhentos".
Iremos, nós e os nossos filhos, netos... assistir a uma inversão das regras do jogo atual que terão nas economias ocidentais o impacto de uma bomba atômica... chinesa.
Nessa altura em que o mundo ocidental acordar será muito tarde.
Nesse dia, os executivos "preçonhentos" olharão tristemente para os esqueletos das suas antigas fábricas, para os técnicos aposentados jogando baralho na praça da esquina, e chorarão sobre as sucatas dos seus parques fabris desmontados..
E então lembrarão, com muita saudade, do tempo em que ganharam dinheiro comprando "balatinho dos esclavos" chineses, vendendo caro suas "marcas- grifes" aos seus conterrâneos.
E então, entristecidos, abrirão suas "marmitas" e almoçarão as suas marcas que já deixaram de ser moda e, por isso, deixaram de ser poderosas pois foram todas copiadas....
REFLITAM E COMECEM A COMPRAR - JÁ - OS PRODUTOS DE FABRICAÇÃO NACIONAL, FOMENTANDO O EMPREGO EM SEU PAÍS, PELA SOBREVIVENCIA DO SEU AMIGO, DO SEU VIZINHO E ATÉ MESMO DA SUA PRÓPRIA... E DE SEUS DESCENDENTES.






Não valorize apenas preço e qualidade!
Valorizem o produto nacional!
Influencie outros a mudarem seus conceitos como consumidor!
Pense num futuro próximo (2 a 5 anos)!

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Diálogo com um jovem à rasca

Diálogo com um jovem à rasca (fonte desconhecida)

- Então, foste à manifestação da geração à rasca?
- Sim, claro.
- Quais foram os teus motivos?
- Acabei o curso e não arranjo emprego.
- E tens respondido a anúncios?
- Na realidade, não. Até porque de verão dá jeito: um gajo vai à praia, às esplanadas, as miúdas são giras e usam pouca roupa. Mas de
inverno é uma chatice. Vê lá que ainda me sobra dinheiro da mesada que os meus pais me dão. Estou aborrecido.
- Bom, mas então porque não respondes a anúncios de emprego?
- Err...
- Certo. Mudando a agulha: felizmente não houve incidentes.
- É verdade, mas houve chatices.
- Então?
- Quando cheguei ao viaduto Duarte Pacheco já havia fila.
- Seguramente gente que ia para as Amoreiras.
- Nada disso. Jovens à rasca como eu. E gente menos jovem. Mas todos à rasca.
- Hum... E estacionaste onde? No parque Eduardo VII?
- Tás doido?! Um Audi TT cabrio dá muito nas vistas e aquela zona é manhosa. Não, tentei arranjar lugar no parque do Marquês. Mas estava cheio.
- Cheio de...?
- De carros de jovens à rasca como eu, claro. Que pergunta!
- E...?
- Estacionei no parque do El Corte Inglés. Pensei que se me despachasse cedo podia ir comprar umas coisinhas à loja gourmet.
- E apanhaste o metro.
- Nada disso. Estava em cima da hora e eu gosto de ser pontual. Apanhei um táxi. Não sem alguma dificuldade, porque havia mais jovens à rasca atrasados.
- Ok. E chegaste à manif.
- Sim, e nem vais acreditar.
- Diz.
- Entrevistaram-me em directo para a televisão.
- Muito bom. O que disseste?
- Que era licenciado e estava no desemprego. Que estava farto de pagar para as reformas dos outros.
- Mas, se nunca trabalhaste, também não descontaste para a segurança social.
- Não? Pois... não sei.
- Deixa-me adivinhar: és licenciado em Estudos Marcianos.
- F***-se! És bruxo, tu?
- Palpite. E então, gritaste muito?
- Nada. Estive o tempo todo ao telemóvel com um amigo que estava na manif do Porto. E enquanto isso ia enviado mensagens para o Facebook e o Twitter pelo iPhone e o Blackberry.
- Mas isso não são aparelhinhos caros para quem está à rasca?
- São as armas da luta. A idade da pedra já lá vai.
- Bem visto.
- Quiriquiri-quiriquiri-qui! Quiriquiri-quiriquiri-qui!
- Calma, rapaz. Portanto despachaste-te cedo e ainda foste à loja gourmet.
- Uma merda! A luta é alegria, de forma que continuámos a lutar Chiado acima, direitos ao Bairro Alto. Felizmente uma amiga, que é muito previdente, tinha reservado mesa.
- Agora os tascos do Bairro aceitam reservas?
- Chamas tasco ao Pap'Açorda?
- Errr... E comeram bem?
- Sim, sim. A luta é cansativa, requer energia. Mas o pior foi o vinho. Aquele cabernet sauvignon escorregava...
- Não me digas que foste conduzir nesse estado.
- Não. Ainda era cedo. Nunca ouviste dizer que a luta continua? E continuou em direcção ao Lux. Fomos de táxi. Quatro em cada um, porque é preciso poupar guito para o verão. Ah... a praia, as esplanadas, as miúdas giras e com pouca roupa...
- Já não vou ao Lux há algum tempo, mas com a crise deve estar meio morto, não?
- Qual quê! Estava à pinha. Muita malta à rasca.
- E daí foste para casa.
- Não. Apanhei um táxi para um hotel. Quatro estrelas, que a vida não está para luxos.
- Bom, és um jovem consciente. Como tinhas bebido e...
- Hã?! Tu passas-te! A verdade é que conheci uma camarada de luta e... bem... sabes como é.
- Resolveram fazer um plenário?
- Quê? Às vezes não te percebo.
- Costuma acontecer. E ficaram de ver-se?
- Ha! Ha! Ha! De ver-se, diz ele. Não estás a ver a cena. De manhã chegámos à conclusão que ela era bloquista e eu voto no Portas. Saiu porta fora. Acho que foi tomar o pequeno-almoço à Versailles.
- Tu tomaste o teu no hotel.
- Sim, mas mandei vir o room service, porque ainda estava meio ressacado.
- Depois pagaste e...
- A crédito, atenção. Com o cartão gold do Barclays.
- ... rumaste a casa.
- Sim, àquela hora a A5 não tinha trânsito. Já não havia malta à rasca a entupir o tráfego.
- Moras onde? Paço d'Arcos? Parede?
- Que horror! Não, não. Moro na Quinta da Marinha, numa casita modesta que os meus pais se vêem à rasca para pagar. Para a próxima levo-os comigo.

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Resgatados

E pronto, lá vamos continuar de mão estendida por mais umas gerações, a tentar sobreviver à gente que nos (se) governa. Sou filho da primavera Marcelista, andava quase de fraldas na Revolução dos Cravos e chego aos 40 mergulhado na ditadura da dívida.

Mas só estamos a ter aquilo que merecemos, pelo laxismo e brandos costumes que foram a nossa imagem de marca das últimas décadas. Não tenho ilusões quanto ao buraco em que estamos metidos, nem tenho esperança que consigamos sair dele numa geração.

Triste sina para quem tem filhos/netos como eu, saber que o futuro deles está hipotecado pela inépcia de várias gerações de pais/filhos que alegremente acreditaram na estória da carochinha em que este miseravel quadrado se tornou.

Revolução traz sangue, traz perigos, traz incerteza. Mas o pântano em que estamos mergulhados não traz nada de bom, e tudo aniquila.

Triste sina a de um povo em que a esperança se resume a saber se vamos ou não pagar as dividas, se temos dinheiro para comer, se algum ricaço nos dá uma esmolinha.

A Suburbia vai ainda ficar mais triste, mais dolorosa do que já era. Benvindos a uma nova era, onde a felicidade será uma miragem, a alegria um fugaz relampago e as dificuldades comerão todos os dias à nossa mesa. Até quando conseguiremos aguentar calados? O ruído de fundo está a tornar-se ensurdecedor. Será que isto é a gota de água que fará o balão rebentar e jorrar água gelada nas nossas caras para finalmente acordarmos para a realidade? Para o bem e para o mal, espero que sim. Espero que a partir de agora os valores da seriedade, honestidade, lealdade e solidariedade sejam o novo rumo de um País, uma Sociedade mais acordado!

Acorda, Portugal. O coma pode ser revertido, mas será preciso Força! Sê bem-vindo ao futuro!

terça-feira, 29 de março de 2011

Geração à rasca - Mais uma visão

PARA SER LIDO POR PAIS E FILHOS

Desconheço o autor, mas está bem escrito, com serenidade e inteligência, algo que atualmente não abunda. Sem mais comentários, apenas posso dizer que concordo com a maioria do que abaixo foi escrito, e por isso como pai aos 40 é também um desafio pessoal contrariar muitas das verdades aqui enumeradas.
"Um dia, isto tinha de acontecer.


Existe uma geração à rasca?
Existe mais do que uma! Certamente!


Está à rasca a geração dos pais que educaram os seus meninos numa abastança caprichosa, protegendo-os de dificuldades e escondendo-lhes as agruras da vida.


Está à rasca a geração dos filhos que nunca foram ensinados a lidar com frustrações.


A ironia de tudo isto é que os jovens que agora se dizem (e também estão) à rasca são os que mais tiveram tudo.


Nunca nenhuma geração foi, como esta, tão privilegiada na sua infância e na sua adolescência. E nunca a sociedade exigiu tão pouco aos seus jovens como lhes tem sido exigido nos últimos anos.


Deslumbradas com a melhoria significativa das condições de vida, a minha geração e as seguintes (actualmente entre os 30 e os 50 anos) vingaram-se das dificuldades em que foram criadas, no antes ou no pós 1974, e quiseram dar aos seus filhos o melhor.


Ansiosos por sublimar as suas próprias frustrações, os pais investiram nos seus descendentes: proporcionaram-lhes os estudos que fazem deles a geração mais qualificada de sempre (já lá vamos...), mas também lhes deram uma vida desafogada, mimos, entradas nos locais de diversão, cartas de condução e 1º automóvel, depósitos de combustível, dinheiro no bolso. Mesmo quando as expectativas de primeiro emprego saíram goradas, a família continuou presente, a garantir aos filhos cama, mesa e roupa lavada.


Durante anos, acreditaram estes pais e estas mães estar a fazer o melhor; o dinheiro ia chegando para comprar (quase) tudo, quantas vezes em substituição de princípios e de uma educação para a qual não havia tempo, já que ele era todo para o trabalho, garante do ordenado com que se compra (quase) tudo. E éramos (quase) todos felizes.
Depois, veio a crise, o aumento do custo de vida, o desemprego.   A vaquinha emagreceu,  secou.


Foi então que os pais ficaram à rasca.


Os pais à rasca não vão a um concerto, mas os seus rebentos enchem Pavilhões Atlânticos e festivais de música,  bares e discotecas onde não se entra à borla nem se consome fiado.


Os pais à rasca deixaram de ir ao restaurante, para poderem continuar a pagar restaurante aos filhos, num país onde uma festa de aniversário de adolescente que se preza é no restaurante e vedada a pais.


São pais que contam os cêntimos para pagar à rasca as contas da água e da luz e do resto, e que abdicam dos seus pequenos prazeres para que os filhos não prescindam da internet de banda larga a alta velocidade, nem dos qualquer_coisa_phones ou i_pads, sempre de última geração.


São estes pais mesmo à rasca, que já não aguentam, que começam a ter de dizer "não". É um "não" que nunca ensinaram os filhos a ouvir, e que por isso eles não suportam, nem compreendem, porque eles têm direitos, porque eles têm necessidades, porque eles têm expectativas, porque lhes disseram que eles são muito bons e eles querem, e querem, querem o que já ninguém lhes pode dar!


A sociedade colhe assim hoje os frutos do que semeou durante pelo menos duas décadas.


Eis agora uma geração de pais impotentes e frustrados.


Eis agora uma geração jovem altamente qualificada, que andou muito por escolas e universidades mas que estudou pouco e que aprendeu e sabe na proporção do que estudou. Uma geração que colecciona diplomas com que o país lhes alimenta o ego, mas que são uma ilusão, pois correspondem a pouco conhecimento e a duvidosa capacidade operacional.


Eis uma geração que vai a toda a parte, mas que não sabe estar em sítio nenhum. Uma geração que tem acesso a informação sem que isso signifique que é informada; uma geração dotada de trôpegas competências de leitura e interpretação da realidade em que se insere.


Eis uma geração habituada a comunicar por abreviaturas e frustrada por não poder abreviar do mesmo modo o caminho para o sucesso. Uma geração que deseja saltar as etapas da ascensão social à mesma velocidade que queimou etapas de crescimento. Uma geração que distingue mal a diferença entre emprego e trabalho, ambicionando mais aquele do que este, num tempo em que nem um nem outro abundam.


Eis uma geração que, de repente, se apercebeu que não manda no mundo como mandou nos pais e que agora quer ditar regras à sociedade como as foi ditando à escola, alarvemente e sem maneiras.


Eis uma geração tão habituada ao muito e ao supérfluo que o pouco não lhe chega e o acessório se lhe tornou indispensável.


Eis uma geração consumista, insaciável e completamente desorientada.


Eis uma geração preparadinha para ser arrastada, para servir de montada a quem é exímio na arte de cavalgar demagogicamente sobre o desespero alheio.


Há talento e cultura,  capacidade e competência, solidariedade e inteligência nesta geração?


Claro que há. Conheço uns bons e valentes punhados de exemplos!


Os jovens que detêm estas capacidades-características não encaixam no retrato colectivo, pouco se identificam com os seus contemporâneos, e nem são esses que se queixam assim (embora estejam à rasca, como todos nós).


Chego a ter a impressão de que, se alguns jovens mais inflamados pudessem, atirariam ao tapete os seus contemporâneos que trabalham bem, os que são empreendedores, os que conseguem bons resultados académicos, porque, que inveja! que chatice!, são betinhos, cromos que só estorvam os outros (como se viu no último Prós e Contras) e, oh, injustiça!, já estão a ser capazes de abarbatar bons ordenados e a
subir na vida.


E nós, os mais velhos, estaremos em vias de ser caçados à entrada dos nossos locais de trabalho, para deixarmos livres os invejados lugares a que alguns acham ter direito e que pelos vistos - e a acreditar no que ultimamente ouvimos de algumas almas - ocupamos injusta, imerecida e indevidamente?!!!


Novos e velhos, todos estamos à rasca.


Apesar do tom desta minha prosa, o que eu tenho mesmo é pena destes jovens.


Tudo o que atrás escrevi serve apenas para demonstrar a minha firme convicção de que a culpa não é deles.


A culpa de tudo isto é nossa, que não soubemos formar nem educar, nem fazer melhor, mas é uma culpa que morre solteira, porque é de todos, e a sociedade não consegue, não quer, não pode assumi-la.


Curiosamente, não é desta culpa maior que os jovens agora nos acusam.
Haverá mais triste prova do nosso falhanço?


Pode ser que tudo isto não passe de alarmismo, de um exagero meu, de uma generalização injusta.


Pode ser que nada/ninguém seja assim."

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Adeus, Tio António

O ciclo da vida, com tudo de bom e de mau que lhe está associado fechou-se para mais um ente querido.
Este, como muitos outros portugueses nascidos no tempo da ditadura bafienta, tentou melhor vida fora do País e à custa desse sacrificio conseguiu dar o melhor possivel aos filhos e familia.

Portugal estava certamente no coração, mas as raízes que deixou ficam em França, com a certeza que muitos dos que aqui estão gostariam de ter podido acompanhar de perto estes últimos meses, em que a Vida e sobretudo a Saúde lhe pregaram a partida final.

Que Deus lhe ilumine o caminho daqui para a frente, tal como lhe iluminou toda a vida.
Adeus, Tio António, até breve!

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

A mensagem para dia 14/Fev...

Cada vez mais se vive na mentira... mas há quem goste!

O original, que apesar de parecer mais um rap comercial, merece alguma atenção à letra...Marshall Mathers no seu melhor, aproveitando a "voz" do momento, Rihanna.



E a paródia à la Rui Unas, que também dava que pensar... mas agora não temos tempo!

Homem falha ao tentar engravidar mulher do vizinho

Não conheço a fonte, mas não haja duvida que é uma estória engraçada, e que é um bom exemplo da maluqueira que se tornou viver em sociedade.

"Um homem que vive na Alemanha foi processado por não conseguir engravidar a mulher do vizinho, depois de ser contratado por 2 mil euros para isso.
Demetrius Soupolos e a mulher, Traute, queriam ter uma criança, mas descobriram que Soupolos não poderia ter filhos. Por isso, decidiram contratar Maus, na esperança que o homem casado e com dois filhos pudesse engravidar Traute.
A informação foi divulgada pela publicação alemã "Bild".
Depois de seis meses e nenhuma gravidez - com uma média de tentativas de três vezes por semana -, Soupolos insistiu para que Maus passasse por exames médicos. Os testes mostraram que o vizinho também é estéril.
Por isso, a mulher de Maus foi obrigada a admitir que as duas crianças não eram dele."

Agora, decida você o que é pior:
1) Contratar alguém para comer sua mulher por seis meses.
2) Ir à justiça cobrar quem comeu sua mulher por seis meses, pelos seus préstimos.
3) Descobrir que você é estéril, enquanto tenta engravidar a mulher do vizinho, recebendo pra isso.
4) Descobrir que os dois filhos que você tem não são seus.
5) Cornear oficialmente o vizinho e descobrir que já foi corno, no mínimo, duas vezes.
6) Ser denunciado ao serviço de proteção ao consumidor, por má qualidade do serviço prestado e propaganda enganosa.
7) Ter que devolver o dinheiro e assumir a cornitude.
8) Todas as anteriores.

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Feliz Natal!!

Que este Natal seja o mais Feliz possível para a maioria da Humanidade, pois o ano que agora termina não tem sido frutuoso em trazer boas notícias aos 4 cantos do Mundo.

O Natal desperta na maioria os bons sentimentos, como a alegria, amor pelo próximo, solidariedade, fraternidade e mitiga por momentos os rancores, zangas, invejas, injustiças de que este Mundo também é feito.

Para quem ler esta mensagem, desejo-lhe muita Paz, Amor, Felicidade e que a possa sempre partilhar com todos os que os rodeiam. Assim dará o melhor contributo que qualquer habitante da Suburbia pode dar: uma vida menos dificil num ambiente por vezes tão hostil!!

sexta-feira, 30 de julho de 2010

Doenças da Suburbia

A doença mais comum na Suburbia é a depressão, nas suas mais variadas formas. Alguém consegue explicar porque a alguém deprimido todo e qualquer comentário incomoda? Como se sentissem que todos tem algo contra essa pessoa. Obviamente que não será assim, mas todas as criticas incomodam, e normalmente não suportam o escrutínio dos colegas, da família, até mesmo de estranhos.
Se há um sentimento de se estar encurralado, deve ser este. Não confia em ninguém, não quer ouvir ninguém, mas quer falar com toda a gente. Qualquer comentário parece desproporcionalmente agressivo.

Em muitos casos, se tivessem uma situação financeira um pouco melhor, ou não tivessem família a cargo, esta seria a oportunidade para mandar tudo para as urtigas. Não sendo assim, este sentimento transforma-se numa depressão e deve ser encarada como um caso clínico que nem sempre tem fim à vista.

Nestes casos afastam-se os amigos que ainda existem; muitas vezes a família passa a ser uma entidade estranha em que o deprimido se sente à parte, como se numa realidade paralela; os colegas irritam com o seu persistente optimismo ou pessimismo ou até mesmo futilidade.
A única vontade que sobra é dormir, alhear-se de tudo o que o rodeia, pois tudo o que o rodeia é podre, mau, irritante, angustiante, caótico. 

Certamente que se tivessem a certeza que isso resolvia alguma coisa, muitos mudavam-se para outro universo, paralelo, perpendicular, circular, atómico, qualquer coisa que os fizesse sentir melhor sobre a realidade que os rodeia.

A esperança de todos eles é que um dia isto será ultrapassado, nem que seja porque a morte é o fim de tudo (apesar do que os vendedores da vida após a morte tentam impingir). Mas isso será obviamente muito radical, e todos esperam que este sentimento seja meramente passageiro e que em breve voltem a ser apenas mais um suburbano ligeiramente depressivo.

Num momento de potencial alegria, como é o Verão, cheio de calor, praia, gajas descascadas a apelar às hormonas, a inutilidade toma conta do seu mundo, e a vontade de explodir é mil vezes maior que tudo o resto que pulula num cérebro cada vez mais anafado, acomodado e pobre. A riqueza intelectual poderia não ser muita, mas quando se entra neste mundo torna-se numa pobreza confrangedora.

Seja como for, dizem que isto são sinais claros de depressão. Serão? Ou pura e simplesmente de degradação perante uma realidade cada dia mais desmotivante e caótica? Cada um sabe de si! Porém, um aviso a navegação: se alguma vez estiverem para baixo, não subestimem esse sentimento nem o deixem tomar conta de vocês, pois mais tarde poderá ser muito mais difícil se livrar dele e pode tornar a sua vida num inferno à face da Terra.

Aos que já lá estão, o meu pesar e compreensão. Aos restantes, vivam a vida como se fosse o bem mais valioso que tem e alegrem-se por tudo o que vos acontece. Lembrem-se que há quem não tenha a mais pequena alegria de viver e apenas ocupa espaço e consome oxigénio. É este o conceito do morto-vivo que cresce dia a dia na nossa sociedade!

E como diria um certo senhor : "Façam favor de ser felizes!"

terça-feira, 27 de julho de 2010

A Vida será sempre uma caixa de surpresas!

Tomei conhecimento deste caso, como quase sempre, através de mais uma chain letter de um amigo.

No entanto, este é um caso, como haverão tantos outros, em que a história de uma doença terminal se torna numa história de coragem e que deve ser exemplo para tantos outros que apenas vêm os seus pequenos grandes problemas. Tomar conhecimento destes casos faz-nos relativizar os nossos próprios problemas e assim aprender a viver melhor, com menos ansiedade perante a vida.

Infelizmente este é um blog de alguém que já não está entre nós, mas é uma leitura sempre interessante e que deve fazer reflectir cada um de nós.

IPPON for LIFE - Tiago Alves

Perca um pouco de tempo, porque para variar, acho que vale a pena!

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Chatos e rabujentos

Será fruto da proximidade das férias, ou de repente toda a gente que me rodeia desatou a reclamar por tudo e por nada? Tou farto de ouvir toda a gente queixar-se (inclusive eu) sobre tudo e sobre nada.

Tudo é motivo para reclamarem, seja porque a vida corre mal, o tempo está quente ou frio, o ar condicionado está muito frio para uns e muito quente para outros, o trabalho aperta muito mas logo a seguir passam horas sem fazer nada, apenas na conversa, no MSN/Facebook/Twitter e afins. A comida engorda, mas um chocolatinho é que era bom.


Muitas vezes dou por mim farto dos outros. Será mera recaída da depressão ou realmente os tugas estão a tornar-se num bando de chatos? Tudo serve de desculpa para reclamar, seja a crise, o futebol, o filho do CR7 ou a barriga de aluguer, o seleccionador, a fotonovela mexicana do vende-não-vende da Vivo à Telefonica, do Xocrates e da sua pandilha desorganizada, da crise financeira, da gripe fora de época, do trabalho idiota ou em constante urgência. Eu sei que estamos na silly-season, mas realmente este ano está ainda mais chata que o costume!

Por amor de Deus, vão de férias, divirtam-se e voltem com algumas boas novidades para variar, que as actuais são cada uma mais deprimente que a outra! Façam o favor de ser felizes, que eu também agradeço.

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Teoria do Caos

Com as férias aí, estamos todos a pensar na praia, no descanso, na boa vida. Mas insistem em matraquear-nos com más noticias, como se repentinamente estivéssemos a entrar num período de puro caos.
O pessimismo crónico dos portugueses é reconhecido mundialmente, mas ultimamente temo-nos esmerado para nos tornarmos campeões mundiais do pessimismo. Para tal continua a surgir em catadupa noticias de corrupção, desaires vários, problemas económico-financeiros, desgraças várias e uma sede cada vez mais voraz por más noticias que simultaneamente alimentam o nosso pessimismo, mas também tornam os portugueses cada dia mais conformados com a sua (má) sorte.Como se fosse uma inevitabilidade que este País, esta sociedade não tem cura, está podre e nem daqui a 10 gerações vai mudar.
Pessoalmente considero que uma das razões de fundo da situação actual tem a ver com a qualidade da educação nos últimos 30 anos (e não estou a referir-me apenas ao ensino escolar, mas tudo o que tem a ver com a preparação dos jovens para a vida futura). Agora é essa geração (a chamada geração rasca) que está à frente ou que vai gradualmente tomando conta dos destinos do nosso País, quer ao nível politico, empresarial, social, etc.
O que se tem vindo a ver é uma degradação gradual de todos os valores que tornam a sociedade cada dia mais amorfa, suja, porca, corrupta, indiferente.E agora para juntar a tudo isto, uma sociedade que finalmente se apercebe que tem vivido nestes últimos 20 anos muito acima das suas posses, e que agora está prestes a levar um tratamento de choque.
Não sei até onde esta onda de pessimismo vai chegar, e como pode ser contrariada, mas suspeito que pode vir a trazer muitas mudanças de comportamentos, e sobretudo seria óptimo que servisse para tornar-nos melhores como sociedade, para apostarmos na qualidade, na melhoria do desempenho, na solidariedade, em valores humanísticos que cada dia estão mais ausentes de todo o nosso dia-a-dia.
Como País actualmente merecemos o buraco em que estamos metidos e continuamos diariamente a cavar, e o pior é que continuamos a criar descendência no mesmo clima laxista e vazio que tem sido norma nos últimos anos. Eu gostava de saber como contrariar, como fazer parte de uma vaga de fundo para melhorar a sociedade em que me integro, mas confesso que tal como a grande maioria, não vejo nenhuma saída a não ser algo brutalmente disruptivo.

Que o Verão traga algum animo e não apenas calor infernal e milhares na praia! Boa sorte, Portugal e que o Caos nos traga no final algo de bom!

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Bater em Criança

Um post interessante no blog da psicóloga Cláudia Morais, sobre um tema que até há poucos anos era encarado como "educação musculada" e agora é considerada violência parental.

Muito se tem dito e escrito sobre o impacto dos castigos físicos impostos às crianças. Como a fronteira entre uma palmada no rabo e a agressão física nem sempre parece clara, e porque demasiadas crianças são vítimas de abusos por parte dos próprios pais por esse mundo fora, o tema tem dado pano para mangas.


Bater continua a ser um dos castigos aplicados pelos pais para impor a disciplina. Um estudo recente permitiu um novo olhar sobre a relação entre estes castigos e a violência física. Estatisticamente é possível verificar que as mães que recorrem à palmada para castigar os filhos têm três vezes mais probabilidade de usar formas de punição mais severas. Estes abusos incluem espancamento, queimaduras, pontapés, bater com um objecto numa área do corpo que não sejam as nádegas ou sacudir uma criança com menos de dois anos de idade.


Quanto maior é a frequência dos castigos físicos, maior é a probabilidade de existirem abusos físicos; bater nas nádegas com um cinto, uma colher de pau ou outro objecto qualquer aumenta nove vezes esta probabilidade, em comparação com os casos de mães que não costumam bater nos filhos com um objecto.


Estas associações podem estar relacionadas com a ineficácia dos castigos quando os pais não encontram outros recursos para impor a disciplina – como o reforço positivo ou a colocação da criança a um canto durante um tempo, sem fazer nada.


Assim, importa recordar algumas regras sobre disciplina:


  • Os pais devem manter-se calmos aquando das birras/ episódios de mau comportamento e evitar gritar, para que a criança aprenda que o descontrolo emocional não deve prevalecer. Se as coisas piorarem, mais vale “fazer uma pausa” e voltar a falar com a criança com mais calma.
  • Deve evitar-se a crítica excessiva. É importante que a criança perceba que o que faz com que os pais fiquem descontentes é um determinado comportamento, sem que isso coloque em causa o amor que sentem.
  • Os pais não devem centrar-se apenas nos aspectos negativos. É importante reforçar positivamente os bons comportamentos. É melhor dizer “Fico contente quando arrumas os teus brinquedos” do que “Eu gostava que, pelo menos uma vez na vida, fosses capaz de arrumar os teus brinquedos”.
  • Deve evitar-se os castigos físicos. A Associação Americana de Psicologia tem divulgado estudos que demonstram que esta forma de punição não é mais eficaz do que outros castigos e pode contribuir para que a criança se torne mais agressiva.
  • Os pais devem recompensar e elogiar os bons comportamentos.
  • Os pais devem perceber a diferença entre uma recompensa e um “suborno”. Uma recompensa é dada quando a criança atinge um objectivo, enquanto um suborno é oferecido antes dessa concretização, para tentar motivar a criança a fazer aquilo que os adultos querem.
  • É importante que os pais sejam bons modelos de aprendizagem. Dificilmente se conseguirá que uma criança não seja agressiva se os progenitores adoptarem sistematicamente esta forma de comunicação.

Não sou apologista da violência gratuita seja contra uma criança ou qualquer outro ser humano. No entanto, todos devem desde pequenos saber que há limites, valores, comportamentos que são mais adequados que outros para uma vivência em sociedade. E no caso das crianças quem melhor que os seus próprios pais para mostrar de forma saudavel mas firme quais são os valores com que nos regemos? Se quando a criança se tornar adolescente ou adulto, conscientemente decidir não seguir as orientações dadas pelos pais e educadores, já terá uma bagagem de vida que lhe permitirá escolher em consciência.
Se não houver essa educação no sentido mais lato quando são crianças, correm o risco de não ficar preparados para viver em sociedade e terem comportamentos disfuncionais e acabarem por mais tarde se virarem contra os seus educadores, culpando-os da falta de bases para viver.

Eu sei que é mais fácil falar do que fazer, mas uma das máximas de viver em sociedade é
"A minha liberdade termina onde começa a dos outros"

quinta-feira, 13 de maio de 2010

A evolução do ensino em Portugal

É uma piada/critica que circula na Net, mas que espelha um pouco da realidade do ensino actual em Portugal, em particular o ensino da Matemática.


A evolução do ensino de Matemática!


Na semana passada comprei um produto que custou 1,58€. Dei à funcionária da caixa 2,00€ e 8 cêntimos, para evitar receber ainda mais moedas.
A rapariga pegou no dinheiro e ficou a olhar para a máquina registadora, aparentemente sem saber o que fazer.
Tentei explicar-lhe que tinha que me dar 50 cêntimos de troco, mas ela não se convenceu e chamou o gerente para a ajudar.
Ficou com lágrimas nos olhos enquanto o gerente tentava explicar-lhe aquilo que aparentemente continuava sem entender.
Por que estou a contar isto? Porque dei conta da evolução do ensino de matemática desde 1956, altura em que entrei para a escola primária. Parece-me que foi assim:


1. Ensino de matemática em 1956:
Um lenhador vende um carro de lenha por 100$00.
O custo de produção desse carro de lenha é igual a 4/5 do preço de venda .
Qual é o lucro?

2. Ensino de matemática em 1970:
Um lenhador vende um carro de lenha por 100$00.
O custo de produção desse carro de lenha é igual a 4/5 do preço de
venda ou seja, 80$00.
Qual é o lucro?
3. Ensino de matemática em 1980:

Um lenhador vende um carro de lenha por 100$00.
O custo de produção desse carro de lenha é 80$00.
Qual é o lucro?

4. Ensino de matemática em 1990:

Um lenhador vende um carro de lenha por 100$00.
O custo de produção desse carro de lenha é 80$00.
Escolha a resposta certa, que indica o lucro:
( )20$00 ( )40$00 ( )60$00 ( )80$00 ( )100$00

5. Ensino de matemática em 2000:

Um lenhador vende um carro de lenha por 100$00
O custo de produção desse carro de lenha é 80$00.
O lucro é de 20$00.
Está certo?
( )SIM ( ) NÃO

6. Ensino de matemática em 2009:

Um lenhador vende um carro de lenha por 100,00€.
O custo de produção é 80,00€.
Se você souber ler coloque um X no 20,00€.
( )20,00€ ( )40,00€ ( )60,00€ ( )80,00€ ( )100,00€

Quem anda no mundo do ensino em Portugal sabe que, apesar de caricaturado, este é o tipo de ensino que se está a privilegiar. Não quero isto para o futuro do meu filho!

Conselho chinês

Para quem tem as prioridades trocadas na vida, este pode ser um conselho interessante!!
O que é espantoso é como uma cultura milenar com um grau de sabedoria tão profundo, está reduzida a uma sociedade amorfa, sem principios e com uma cultura de qualidade medíocre.

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Semana Santa

Eu sei que já estamos fora de época, mas esta tem tudo para ser atípica para muitos portugueses, por diversas razões:
  1. O SL Benfica sagrou-se campeão nacional de futebol neste domingo (BENFICAAAAAAAAAAAA!!!!!), depois de uma época cheia de golos como já não se via há muitos anos. Tudo com ajuda de Jesus… Não do Senhor, mas do mestre treinador da trolhice futebolística, Jorge Jesus! Trouxe alegria aos 6 milhões de adeptos (números obviamente nada capciosos e condizentes com a realidade vigente…) e só por isso vai por o País em festa durante 1 semana.
  2. O Papa Bento XVI vem a Portugal e mesmo que não se queira, vai voltar a por a religiosidade na agenda mediática e na vida dos Portugueses por 3 dias. Pode ser que apesar de não ter a empatia do Papa João Paulo II, traga alguma Esperança numa altura que o País tanto precisa! Ou traga um milagre!!
  3. Pelo menos há uma imensa minoria (funcionários públicos e afins) que vão ter uma semana feliz porque vão ter mais uma tolerância de ponto fora de época (leia-se feriado), e assim contribuir para a melhoria dos índices de produtividade do País.
  4. Depois de um terramoto financeiro nas últimas semanas que pôs muitos investidores com o coração aos saltos, e as bolsas mundiais ainda mais histéricas, a semana começa com outro "milagre", com a Bolsa de Lisboa a subir como nunca subiu na sua história (mais de 10% numa sessão). Será que é para continuar pelo menos até ao fim da semana? Os entalados com acções agradecem!

Se continuarmos nesta senda, o melhor mesmo é mudar o nome desta semana para Semana Santa!! Mesmo que seja concentrado numa semana, pelo menos que hajam algumas alegrias para variar nestes tempos enevoados de cinza vulcânica e não só!

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Conselhos para pais que nunca tem tempo para nada...

Lux - Cuidar de si - há vida para além dos filhos

Educar dá trabalho. Exige amor, diversão, saber comunicar e saber agir. Exige também coerência entre o que dizemos e o que fazemos para que possamos servir de modelo para os nossos filhos. Exige ainda consistência (e alguma flexibilidade) ao longo dos dias. E muita paciência, às vezes de santo. Mas para além de tudo isto, e para quem habitualmente quer as coisas resolvidas para ontem, exige tempo. Em quantidade e em qualidade. É por isso uma tarefa que nos consome, mas ao mesmo tempo uma das mais estimulantes e enriquecedoras que podemos ter na vida.

No entanto, viver unicamente para os filhos não é nem razoável nem conveniente. Pai e mãe devem ter vida própria e não se transformarem em escravos das crianças. Antes de serem pais, são seres humanos, homem e mulher, com os seus desejos, necessidades e ambições.

Os filhos devem ser algo de muito bom nas nossas vidas, mas não o centro delas. Pais e mães que vivem em função dos seus filhos acabam por perder discernimento e não ser capazes de relativizar qualquer acontecimento que envolva as crianças. Para eles, tudo o que diz respeito aos filhos é de extrema importância, procurando não deixar nada ao acaso. Esta atitude pode causar grande ansiedade nos pais e não menos nos filhos.

Algumas crianças, mais passivas, quando se apercebem do seu papel central na vida dos pais, ficam sob grande tensão e procuram, por todos os meios, nunca os desiludir, vivendo constantemente na ansiedade de serem os melhores filhos aos olhos dos seus pais e não permitindo a si mesmos qualquer erro, nessa busca da perfeição, que não existe.

Outras crianças, mais activas, poderão usar essa atitude dos pais a seu favor, vivendo num clima de constante desafio aos limites que lhe são impostos, para perceberem até onde podem ir os pais na dependência em relação a si.

Por tudo isto, pai e mãe devem manter a sua vontade de desenvolvimento pessoal, os seus hobbies e a sua vida social, incluindo as saídas com amigos para jantar fora ou uma ida nocturna ao cinema. E é bom que continuem a olhar um para o outro, como homem e mulher que se amam e que pretendem partilhar a vida em conjunto. Não apenas os filhos, mas a vida.

Desta forma devem procurar tempo para si mesmos, enquanto casal, todos os dias, ao serão, ou passar um fim-de-semana a sós, de quando em vez.

Muitos casais anulam-se com a chegada do primeiro ou do segundo filho. As crianças passam a ser o centro das atenções, tudo é feito em função delas e a sua vida pessoal, social e como casal simplesmente deixa de existir. As crianças dormem no quarto dos pais até terem vários anos de vida, as refeições são um tormento a não ser que incluam os alimentos de que gostam, os fins-de-semana e as férias são programados tendo em conta apenas os interesses das crianças...

Dificilmente estes pais se sentirão realizados como pessoas e esse sentimento, mais cedo ou mais tarde, vai ser percebido pelos filhos.

Pelo contrário, pais que cuidam de si e da sua relação, para além de serem mais felizes e emocionalmente mais estáveis, educam melhor os seus filhos e servem de modelo de felicidade para as crianças. Dessa forma ensinam-lhes que a vida tem muitos componentes (e eles, filhos, são sem dúvida um dos mais importantes) e que a todos devemos dar valor para sermos verdadeiramente felizes e nos sentirmos realizados.

Os seus filhos também precisam de espaço e tempo só para eles e vão até agradecer-lhe que, por momentos, não esteja sempre a preocupar-se com eles. Pais realizados e com auto-estima transmitem isso mesmo aos seus filhos.
 Por Paulo Oom, pediatra - Revista Lux

sexta-feira, 30 de abril de 2010

Urgentário - novo calendário para projectos

Novo Calendário para empresas em que tudo é urgente, o que é cada vez mais corrente aqui na Suburbia!


                      O URGENTÁRIO
              =================================
              SAN  SEX  TER  SEX  QUA  SEX  QUI
                8    7    6    5    4    3    2
               15   14   13   12   11   10    9
               22   21   20   19   18   17   16
               29   28   27   26   25   24   23
               36   35   34   33   32   31   30
              =================================

  1. Este calendário foi desenvolvido para atender aos trabalhos URGENTES. Todos os trabalhos são pedidos para "ontem" e, por isso, todas as datas correm para trás. Desta forma, o chefe pode pedir o trabalho no dia sete (7) e recebê-lo no dia três (3).
  2. Normalmente é solicitado que os trabalhos fiquem prontos no máximo até sexta-feira, portanto foram colocadas 3 sextas-feiras em cada semana para rentabilizar a produção.
  3. Existem cinco novos dias acrescidos no final de cada mês para que não haja atrasos nos trabalhos de fecho.
  4. O dia 1 foi eliminado para que não se entreguem os trabalhos de final do mês no primeiro dia do mês seguinte.
  5. Ninguém gosta de segundas-feiras, portanto este dia também foi eliminado do Urgentário.
  6. Não existem sábados e domingos, para que as horas extras não onerem a folha de pagamento.F
  7. Foi criado um dia especial na semana, que é a "Santa-feira", destinada aos trabalhos que exigem "Milagres".


Assassino de seis jovens em Luziânia é achado morto em cela - cidades - Estadao.com.br

Assassino de seis jovens em Luziânia é achado morto em cela - cidades - Estadao.com.br

Complementando o post anterior, obviamente que o problema não é sequer um exclusivo daqui do nosso burgo. Esta noticia resume um dos casos mais falados nos ultimos dias no Brasil: um pedófilo que foi solto após ter uma redução da pena, apesar de ter sido desaconselhado ao juiz por psicologos.

Logo após a sua libertação começa a matar jovens da sua cidade e acabou por ser preso há alguns dias. Depois de confessar os crimes com uma frieza desumana, acaba por se suicidar na sua cela.

Na opinião de muitos no Brasil, esta situação veio novamente expor 2 fragilidades do sistema judiciario brasileiro (e que possivelmente se estende a muitos outros países ditos civilizados):
  1. Como é possivel reduzir a pena de um pedófilo confesso e contra todos os conselhos dos psicólogos clínicos, que indicavam que este poderia voltar a molestar novamente?
  2. Sabendo da barbaridade do crime, como é que o sistema prisional não impede que o criminoso se suicide sem pagar perante a sociedade pelos crimes cometidos?
Não podemos comparar realidades sociais e culturais diferentes como a nossa e a brasileira, mas este é apenas mais um caso de como a justiça cada vez menos se adequa ao turbilhão social em que vivemos.

Casal violava os filhos e forçava-os a sexo entre eles - Portugal - DN

Casal violava os filhos e forçava-os a sexo entre eles - Portugal - DN

Cada dia mais se falam de casos semelhantes, absolutamente bizarros e que a qualquer pessoa com o mínimo de sanidade mental, dá vontade de vomitar e nos faz cada dia menos acreditar no destino da Humanidade.
Para onde vamos quando os próprios pais são os primeiros a destruir a vida dos filhos? Que raio de sociedade é esta onde este tipo de comportamento começa a soar normal??

Por muito que a libido e o desejo sexual possam ser irracionais e por isso potencialmente justificar o injustificável, o que nos distingue dos animais é a racionalidade. Será que até nisso estamos a regredir como sociedade? Será este o preço a pagar pelo "desenvolvimento"? Para bem de todos, em particular, das gerações futuras, esperemos que haja coragem para combater este flagelo que sempre esteve latente na sociedade portuguesa e cuja dimensão/diversidade/perversidade começa aos poucos a ser conhecida.

quarta-feira, 17 de março de 2010

A fábula do chefe

É quase universal, mas não deixa de estar no espírito da Suburbia!

Esta é a estória de um chefe que, "stressado", foi um dia ao psiquiatra.
Relatou ao médico o seu caso. O psiquiatra, experiente, logo diagnosticou:
- O Sr. precisa de se afastar, por duas semanas, da sua actividade profissional. O conveniente é que vá para o interior, isole-se do dia-a-dia e procure algumas actividades que o relaxem.
Então, o nosso executivo procurou seguir as orientações recebidas. Munido de vários livros, CDs e PORTÁTIL, mas sem o telemóvel,  partiu para a fazenda de um amigo. Passados os dois primeiros dias, o nosso executivo já havia lido dois livros e ouvido quase todos os CDs.
Porém, continuava inquieto. Pensou, então, que alguma atividade física seria um bom antídoto para a  ansiedade que ainda o dominava. Procurou o capataz da quinta e pediu-lhe trabalho para fazer.
O capataz ficou pensativo e, vendo um monte de esterco que havia acabado de chegar, disse ao nosso executivo:
- O Senhor Doutor pode ir espalhando aquele esterco em toda aquela área que será preparada para o cultivo.
Pensou o capataz para consigo próprio:
"Ele deverá demorar uma semana com esta tarefa".
Puro engano! No dia seguinte já o nosso executivo tinha distribuído todo o esterco por toda a área.
O capataz deu-lhe então a seguinte tarefa: abater 500  galinhas com uma faca. Tarefa que se revelou muito fácil para o executivo ansioso: em menos de 3 horas já estavam todos os galináceos prontos para serem depenados!
Pediu logo nova tarefa. O capataz disse-lhe então:
-Vamos iniciar a colheita de laranjas. O Senhor Doutor vá, por favor, ao laranjal e leve consigo três cestos para distribuir as laranjas por tamanhos: pequenas, médias e grandes.
Passou o dia e o executivo não regressou com a tarefa cumprida. Preocupado, o capataz dirigiu-se ao laranjal.
Viu o nosso executivo, com uma laranja na mão, os cestos totalmente vazios, e o doutor a falar sozinho:
- Esta é grande? Não, é média. Ou será pequena???
- Esta é pequena? Não, é grande. Ou será média???
- Esta é média. Não, é pequena. Ou será grande???

Moral da história:
Espalhar merda e cortar cabeças é fácil.
O difícil é tomar decisões.

segunda-feira, 15 de março de 2010

De volta ao Suburbio

Após uma pequena paragem para reflexão (isto de ir à faca dá que pensar, né?) estou de volta para mais um período de parvoíce suburbana, em que tudo parece mau, mas nada se faz para o melhorar!

Aos que ficaram preocupados com a minha última mensagem e não sabiam o contexto, desculpem se vos assustei. Obrigado pelo carinho e desejos de boa recuperação a todos os que o fizeram!

Esta volta vai ser rápida pois estou prestes a partir para mais uma aventura por terras de Vera Cruz. E com uma criança de 1 ano e pouco, quem as tem sabe que pode ser uma temível aventura!

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Até breve

Para a família: estarei temporariamente mais longe, mas sempre com o vosso amor no coração!
Para os amigos: esperem por mim, que volto para ajudar a preencher com amizade os vossos dias!
Para os colegas: Até já! P.S.: Mês de Março é mês de EPM!!
Para os conhecidos: até à minha volta!
Para os inimigos: vou ali e não sei se volto.
Para os outros: continuem a viver na alegre ignorância sobre a minha existência.

Para quem ainda lê isto: passem ao próximo post! Se existir, o blogue ainda estará vivo!

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Honestidade está fora de moda

A honestidade é algo que está completamente fora de moda, e é encarada até como um defeito, uma fraqueza, pois dá-se sempre mais importância às aparências do que à verdade. A verdade não interessa a ninguém, apenas interessa a aparência, a falsidade, o enganar apenas pelo prazer de parecer aquilo que não se é.
Por vezes dizem que as crianças são brutalmente honestas, mas o que acontece é que elas não estão ainda contaminadas pelo politicamente correcto que tudo corrói e corrompe.
Cada vez mais se vive num mundo de mentira, em que a mentira é encarada apenas como algo natural, como defesa da privacidade e outros chavões que se encontrou para justificar a possibilidade de mentir, ser falso, e isso ser socialmente aceite.

Quando se fazem filmes tipo Matrix ou se apresentam algumas teorias da conspiração, é senso comum dizer-se que é algo exagerado, que a sociedade actual não está nesse estágio de alienação, etc. Mas estaremos assim tão longe dessa visão do mundo? Com o desenvolvimento da sociedade digital, em que todos estão ligados, mas em simultâneo todos podem ser quase tudo o que quiserem, não estaremos a criar uma realidade paralela, baseada na falsidade comummente aceite? Quem não tem dezenas de “amigos” no Facebook, Hi5 ou outra rede social, mas que na prática mal conhece e se necessário em privado os ataca com uma maledicência sem limites? Quem não se mostra como sendo alguém cheio de amizades, bondade, preocupação social, ambiental e não só e afinal não passa de uma mascara em que basta arranhar um bocadinho a capa para se ver a escuridão da alma que está por trás de tamanho benfeitor(a).

Olhamos a nossa volta e apenas vemos mentira, engano, desonestidade, vontade de tramar o próximo, ganhar vantagem a qualquer custo. A sociedade em que vivemos está cada dia mais podre e mais pobre, e apesar da aparente riqueza financeira, a pobreza moral aumenta diariamente. Cada dia vemos mais porcaria a encharcar a pocilga em que vivemos e ninguém quer fazer nada, pois já entrou no nosso ADN. Se para mim, isso ainda pode causar alguma confusão, para a maioria não interessa absolutamente nada, e sobretudo para os mais novos, cada vez mais os valores de honestidade, brio, profissionalismo, bondade, são conceitos tão longínquos que parecem quase alienígenas.

Eu tenho um filho, mas mesmo que o introduza nestes valores, só conseguirá sobreviver se for igual à carneirada. Não é o que quero para ele, mas possivelmente será o que acontecerá sem que o possa contrariar.

E se tudo isto que estive para aqui a desembrulhar, não passe de outra mentira saída de uma mente perturbada? Fica ao critério de quem ler, aferir dentro de si, o grau de verdade.

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Solidão

É incrível como numa cidade onde vivem milhões de pessoas, se consegue ter um sentimento tão forte de solidão, mesmo quando rodeado por tanta gente!
Por vezes a solidão é tão dura que dá vontade de gritar a plenos pulmões, na esperança que alguém ainda consiga escutar para lá do ruído da multidão… Mas a solidão é sobretudo um estado de espírito, com tudo de bom e mau que traz consigo. O Homem é por natureza um ser sociável logo a solidão é algo totalmente contra natura.

No meio da multidão, há muita solidão, muitas caras tristes, seja porque o seu dia-a-dia é penoso, seja porque hoje acordou com uma predisposição para o mau humor.
Hoje sou apenas mais um na multidão. Que me desculpem os que estão bem com a vida, mas hoje o sol não nasceu brilhante por este lado da Suburbia… Esperemos que o dia termine e amanhã tudo melhore!

sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

Feliz Ano de 2010

Um Feliz Ano de 2010 para os poucos que ainda leem o meu blog!

Que este ano represente mais um ponto de viragem para melhor na Suburbia e em especial para os Suburbanos que se interessam pela Vida!

Paz, Amor, Saúde! O resto vem por acréscimo!